Foi uma semana muito bem passada em Chania (na ilha de Creta) e em Atenas (o LP vai às conferências e eu vou dar umas voltas!). Gostei muito de Creta, especialmente porque conhecemos pessoal impecável! É óptimo estar num local e poder conhecê-lo através da experiência e visão de quem lá vive. Além do super-simpáticos e hospitaleiros, eram bem-divertidos! Há a salientar o Grigoris, Euripides e Spyros (pois, só rapazes, pois o LP foi a uma conferência relacionada com computação, e as raras raparigas que se conhecem geralmente acompanham os intervenientes na conferência, não participando directamente nesta). O Christos e Antonius eram mais tímidos, mas o Christos foi um bom tradutor do Grigoris em algumas circunstâncias. Conhecemos também um espanhol simpático – o Pedro – e que falava bem inglês! O Spyros e o Antonius foram o “comité de boas-vindas” no aeroporto, para evitar que fossemos defraudados com os taxistas (uma verdadeira Máfia na Grécia). O Grigoris, como conhece toda a gente (e quem não conhece, passa a conhecer rapidamente), conseguiu arranjar mesa para o nosso grupo – devíamos ser uns 12: Grigoris, Christos, Euripides, Pedro, Felix (alemão), Ben (francês), 2 coreanos, Spyros, e Antonius, LP e eu – num bar bonito e concorrido. Com o Euripides fomos até uma praia mais distante, menos concorrida (menos turística; é cerca de 1h de carro de Chania), onde conhecemos ainda um casal amigo dele (Haris e Cristine). Depois da praia, fomos até um local a cerca de 15 km de Chania (mas na outra direcção, para Este), nas montanhas, um local típico, onde comemos a melhor refeição de todas (incluindo as posteriores em Atenas, que foram todas de menor qualidade que qualquer uma das de Creta).
Como se pode ver, pela longa descrição, o que gostei mesmo foi das relações humanas*!
Ok, a paisagem em Creta também é bonita... O mar é soberbo (límpido, tonalidades de azul e verde fantásticas, mais quente que no Algarve, mais salgado o que permite boiar muito mais facilmente, sem ondas, enfim, uma maravilha!). Tem montanhas, onde neva no Inverno. Predomina o amarelo na paisagem, pintalgado de verde, das oliveiras que se encontram até junto à praia. Na zona de Heraclion (onde não tive oportunidade de ir, mas onde o LP esteve o ano passado também para uma conferência) existem ruínas do tempo dos Micónicos.
As pessoas em Creta são mais simpáticas que em Atenas (o que não é difícil visto que em Atenas são mesmo rudes e mal-educadas). Há a salientar o pessoal do hotel** impecável e prestável e um restaurante que até nos ofereceu uma garrafinha de raki (espécie de aguardente/bagaço da Grécia). Em Creta, as sobremesas não se pagavam, nem o raki, pois traziam uma garrafinha e as sobremesas no final da refeição sem ninguém pedir.
Facilmente passavamos por gregos – em Creta era frequente começarem a falar-nos em grego! Os nossos amigos, explicaram que eu passava bem por grega, mas que ao LP faltava o estilo (seja ele qual for...). Percebi que para eles, dizer que eu parecia grega era um elogio (é que nunca se sabe...).
* Hoje fiquei mesmo feliz com o mail que recebemos do Grigoris – aqui fica um excerto:
“I really enjoyed your company and although we met each other only for a small period of time, I feel you very close to me.” – é como Pessoa diz: “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem” e permito-me acrescentar: também se deve à espontaneadade e genuinidade com que acontecem, com o que as pessoas estão dispostas a dar, a entregar-se.
** A cadeia “Best Western” parece ser boa, em Atenas e em Creta fomos bem recebidos e tratados em ambos os hotéis (claro que muito melhor em Creta, mas também era bom em Atenas).