Viver, com “V” grande! (aliás, VIVER em maiúsculas!)
Hoje (12 de Junho) ao ligar-me ao MSN tive o aviso que tinha uma mensagem nova da
Fiquei mesmo contente pelo mail que ela me enviou – é um forward – mas como ela não é de mandar forwards, era porque este era importante e significativo. (Eu também só costumo fazer forwards do que acho que interessa às pessoas, não costumo enviar só por enviar – há que ter em atenção o conteúdo e a quem ele poderá interessar). Na realidade identifiquei-me logo com ele – está de acordo com conversas que tivemos (tanto ela e eu, como o Ruben e eu).
Aqui fica o texto que me fez ficar contente por VIVER e que acho que vale a pena partilhar:
“Para os que morrem todos os dias, ou os que morremos um pouco de vez em quando:
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não arrisca vestir uma cor nova e não fala a quem não conhece;
Morre lentamente quem faz da TV o seu Guru ou quem evita uma paixão, quem não segue os seus impulsos e prefere tudo a preto e branco e os pontos sobre os “is” a um remoinho de emoções, justamente os que não resgatam o brilho de um olhar, um sorriso de um bocejo, e quem tem medo de corações aos tropeções e de sentimentos;
Morre lentamente que não atira os papéis ao ar quando está feliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez ao dia fugir dos conselhos sensatos;
Morre lentamente quem não viaja, não lê, não ouve música, quem não acha graça a si mesmo, quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar, quem passa os dias a queixar-se da sua má sorte ou da chuva incessante, quem não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe perguntam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em suaves prestações recordando sempre que estar vivo exige mais que simplesmente respirar.
Se vais enganar, que seja o teu estômago, se vais chorar que seja de alegria, se vais mentir que seja sobre a tua idade, se vais roubar, que seja um beijo, se vais perder, que seja o medo, se tens fome, que seja de amor, e se é para ser feliz,... que o sejas todos os dias!”
Pablo Neruda
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