Tuesday, June 06, 2006

Jantar português

A partir do “núcleo-duro” constituído na sexta-feira de frisbee (Fim-de-semana desportivo – parte 1), decidimos que haveríamos de fazer mais qualquer coisa juntos. Parte da conversa nesse dia tinha sido sobre Portugal. Na semana seguinte enviei-lhes via email uma lista de restaurantes em Genève, a que tinha ido e com comentários. As respostas foram todas no mesmo sentido: temos de ir juntos e experimentar um português!

Visto que se reunia consenso, faltou só marcar o dia. O jantar ficou marcado para 4ª feira (24 de Maio, véspera de feriado aqui). Decidimos (Kerstin e eu estender o convite a mais pessoal: Etienne, Sylvia, Nicolas, Michael, Frjdhof (amigo comum da Kerstin e Kirsten, foi através dele que elas se conheceram; a Kirstin está a fazer o doutoramento em Física), ... Para o jantar fomos seis: Kerstin, Kirstin, Sebastian, Sylvia, Etienne e eu. Os outros não estavam disponíveis e o LP achou que era melhor eu ir só com “o meu pessoal” – noutra altura, ou até mais tarde, mais à noite, ele podia juntar-se a nós.

O jantar foi divertido, foi no “Capa Negra”. Demorou-se uma eternidade a decidir, pois muitas das comidas não tinham a tradução. Depois eu explicava em inglês, francês e entre eles, eles ainda se explicavam uns aos outros (Kerstin, Kirsten, Sylvia e Sebastian) em alemão! Uma Torre de Babel interessante e divertida! Claro que ainda houve pelo meio pequenas lições de português (e, consequentemente, das outras línguas), isto é, como dizer aquela palavra em português e qual o correspondente noutra língua. Houve ainda oportunidade de explicar alguns costumes, tradições; o porquê de “capa negra” enquanto “imagem de marca” dos estudantes universitários; tradições académicas, tunas, …, e mais outras curiosidades acerca da gastronomia e/ou cultura. Foi bem divertido!

Depois do jantar, deixámo-nos ficar por mais um bocado. O snack-bar foi-se transformando em bar/discoteca, com a música bastante alta e com passagem de algumas músicas dos Da Weasel – claro que aproveitei logo para fazer publicidade. O Etienne ficou interessado e entretanto até já lhe arranjei vários tipos de música portuguesa de diversos grupos.

Cerca das 23:30, decidimos mudar de poiso. A Kerstin tinha de ir embora porque no dia seguinte – às 6h da matina – tinha comboio para Frankfurt (70º aniversário de uma tia = garnde festa de família). O Etienne também não podia ficar porque a namorada chegava no dia seguinte. Kirsten, Sylvia, Sebastian e eu fomos para um bar, o Café de Lys. Um bar acolhedor, onde nunca tinha ido. Por lá ficámos a falar mais um bocado. A Sylvia acabou também por se ir embora, por estar cansada. E os últimos resistentes deixaram-se ficar até à hora de fecho do bar, à conversa sobre variados temas, incluindo os percursos académicos e profissionais até ao momento. Destacou-se o espanto que o Sebastian expressou pelo meu actual rumo académico (de investigação), quando anteriormente eu tinha exercido intervenção clínica e comunitária. Acho que em cerca de meia-hora lá deu para lhe explicar o porquê da mudança. (Pois, eu sei, meia-hora… mais coisa, menos coisa… Sim, dava para demorar menos tempo, mas gosto de dotar as pessoas com informação, de modo a que elas as possam trabalhar da melhor forma. Claro que depende das pessoas com quem falo e na capacidade que acredito que elas possam ter de escuta, atenção e de livre arbítrio, ou seja, pensarem por elas próprias, chegando às suas próprias conclusões – o que se pode fazer com mais precisão se se dispuser de mais informação.)

Mais um final de dia e noite bem passado :) No entanto, deu umas saudades grandes das saídas em Lisboa e da animada noite lisboeta… (Sobretudo durante os 40 minutos que demorei a pé de Plainpalais até casa – é que depois das 2h já não há transportes públicos. O Sebastian ainda se ofereceu para me acompanhar até casa, mas ele estava visivelmente cansado, de bicicleta pela mão para me acompanhar a pé e a casa dele fica noutra direcção, como é meu costume, recusei. O caminho faz-se bem, os transeuntes não se metem; passam carros da polícia; e sempre dá para ir tendo alguns momentos de nostalgia privados, enquanto ando que é algo que gosto bastante de fazer).

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