Fim-de-semana desportivo – parte 1
Sexta-feira, 21 de Abril, a Kerstin convidou-me para ir com ela e com o Sebastian até ao Parc de la Grange, para um pequeno pic-nic e para jogar frisbee. Ela tinha ficado a trabalhar em casa nesse dia (era um – o último – dos dias de férias da Páscoa). Eu estava na Faculdade. Como era mais para o final do dia, aceitei ir lá ter. O
Assim, cerca das 18h lá fui eu ter com eles. Estava também uma outra rapariga – a Kirsten – e uns amigos do Sebastian que ele tinha acabado de encontrar no parque. Estivemos a lanchar/”pic-nicar” todos juntos e depois a jogar um bocado de frisbee. O frisbee é o disco, aquele disco que geralmente se vê o pessoal a jogar na praia, sobretudo com cães (pelo menos, era esta a ideia que me salta logo na mente – tipo pop-up). Na realidade, o frisbee é um desporto! Com regras e tudo! A sério, há sete jogadores de cada lado, com defesas, atacantes (tipo basketball). Esta revelação surgiu quando o Sebastian estava a explicar técnicas de lançar o disco e eu lhe perguntei porque tanta técnica, ao que ele se aproximou e disse: “Se tiveres um defesa assim próximo de ti, é um bocado difícil lançar o disco se só o fizeres de uma maneira…” (A posição que ele tomou era como os defesas no basketball que gesticulam os braços para não deixar mover quem está na posse de bola/disco. Senti-me menos ignorante porque quando soltei um “Ah!” de exclamação e de pasmo, este foi acompanhado pelo mesmo som emitido pela Kerstin e Kirstin (são nomes diferentes, embora as duas sejam alemãs). Senti-me mais acompanhada na ignorância e o Sebastian foi elevado a nosso instrutor pessoal na estratégia de jogar frisbee.
Depois do jogo (e depois de nos irem avisar que o parque ia fechar, às 21h) decidimos ir beber um copo a qualquer lado. Acabamos por ir até à “La Bodega”, um bar giro, em Eaux-Vives (zona onde moro e onde fica o Parc de la Grange). O Sebastian tinha levado cartas e ainda nos entretivemos a jogar um bocado. Foi complicado, porque para a maior parte dos jogos cada um sabia um bocado das regras, mas nada completo! Acabámos por jogar a um que é o “Mentir et trisher” (“Mentir e enganar”). Eu ainda ganhei alguns jogos, exactamente por fazer o contrário do que era suposto: nem menti, nem enganei – deitei sempre as cartas que devia (mesmo naipe ou mesmo valor); o pessoal desconfiava e acabavam por levar o monte todo!
Como já eram cerca das 23h, a fome começava a apertar e a “La Bodega” é um local caro, decidimos ir andando para casa. Foi um fim de tarde extremamente divertido, bem-passado, em boa companhia e, sobretudo, diferente. A ver se não me esqueço de pedir as fotos à Kerstin.
* Jogo em que o baralho é distribuído pelos participantes. O que começa deita uma carta (ou esta é uma do baralho inicial que é logo posta na mesa?). O seguinte deve deitar uma carta que tenha ou o mesmo naipe ou o mesmo valor. Essa carta é deitada de face para baixo, podendo não corresponder nem ao naipe nem ao valor, pois a ideia é livrarmo-nos de todo o nosso baralho. A qualquer altura um jogador pode dizer que desconfia da carta deitada pelo último (desde que o seguinte ainda não tenha posto a sua) – se estiver correcto o “mentiroso/enganador” leva todo o molho na mesa; se se enganar, quem desconfiou erradamente é que leva o molho.
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