Tuesday, June 13, 2006

Visage de Feu

Hoje (12 de Junho) fui pela primeira vez ao teatro, na Suiça. Fui* à estreia de uma peça de uma amiga (a Kirsten) – a vida tem destas coisa: não pude ir à estreia da peça do Ruben, mas surgiu a oportunidade de ver a da Kirsten.

Gostei. Embora não tivesse percebido algumas partes do diálogo (o meu francês ainda não é assim tão bom) dava para perceber o contexto e adorei o conceito e originalidade da peça. A originalidade prendia-se sobretudo em o grupo de teatro amador (que ensaia na minha Faculdade) ter arranjado forma de inserir todos os participantes (12) para uma peça com apenas 5 personagens! O engenho arranjado foi cada personagem ser representada por mais de uma pessoa, estando geralmente todos (ou a maior parte) dos actores/actrizes em cena. Explicado em palavras talvez não dê bem para perceber bem, mas resultou bastante bem em palco.

O grupo ensaia desde Outubro, pelo menos uma vez por semana, tendo ensaiado todos os dias na última semana antes da estreia (onde é que eu já ouvi isto?!). Também já representaram a peça em Lausanne, num festival de teatro, em que ainda tinham um grupo maior – logo mais pessoas para cada personagem!

Descobri também que a minha Faculdade tem um espaço excelente para teatro – tem mesmo uma sala com as infra-estruturas (é uma pequena sala de teatro). E a Kerstin (que também foi ver) disse-me que ainda há uma sala para espetáculos de dança, cheias de espelhos, tendo ainda um piano de cauda! Recursos não faltam!

Ah! E a entrada na peça era gratuita. No final tinham um bidé (a sério, era mesmo um bidé!) à porta, onde as pessoas podiam deixar um donativo, caso quisessem.

Foi bom “matar saudades” do teatro com esta “Visage de Feu”…



* Não fui sozinha. O LP também veio assim como a Kerstin e a Tatjana quando comentei com a Kerstin que iria hoje à estreia e se ela não quereria vir. A Judith (colega de doutoramento da equipa de Psicologia Diferencial, no gabinete contíguo ao meu) também se juntou a nós quando lhe sugeri para vir – pareceu-me que ela iria ficar a trabalhar durante o resto da noite e sempre era um serão mais agradável o ver uma peça de teatro, com colegas, mesmo que não percebesse bem tudo o que seria dito na peça.

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