Wednesday, July 19, 2006

31º PALÉO Festival Nyon

Por aqui (Suiça) também vão ocorrendo festivais de Verão. Ontem fui* ao festival Paléo, em Nyon, que decorre de 18 a 23 de Julho. As cabeças de cartaz foram Dionysos (um grupo francês que faz muito barulho, mas que tem como curiosidade o uso de diversos instrumentos, incluindo: cavaquinho, violino, violoncelo, rapariga com voz de desenho animado); Pixies (que não foi nada de jeito, foi mesmo fraquinho), e Ben Harper (este sim, um músico a sério, com voz, talento e simpatia!) – aliás, Ben Harper & The Innocent Criminals (uma banda que resulta bem, sobretudo porque são bons músicos). O espaço em redor é enorme, permitindo diversas barraquinhas de comida, de bebida, algumas de artesanato, outras de divulgação acerca dos patrocinadores. Foi o primeiro dia do festival e tinha muita gente, no entanto não estava a abarrotar e podia andar-se relativamente à vontade. Em comparação com os festivais portugueses (também só estive num, em Paredes de Coura, em 1998 ou 1999, quando foram lá os Guano Apes) notei que o pessoal respeita mais o espaço individual e inter-individual; não vi cenas tristes (do género pessoal ”podre” de bêbado) mas sim pessoal que é mais moderado na forma como se diverte – com tudo o que isso tem de bom e de menos bom.

Acho que o nome “Paléo” deriva de “paleontológico”, visto que os artigos promocionais (t-shirts, mochilas, carteiras, isqueiros, etc.) têm o desenho estilizado de dinossauros. Faz também sentido que assim seja porque fica próximo do Jura (montanha onde foram descobertos fósseis de dinossauros do período Jurássico – aliás, o nome “Jurássico”, vem precisamente pelas descobertas ocorridas no Jura!). Outra possibilidade ligada aos dinossauros é o tipo de grupos escolhidos como “cabeça de cartaz”, que já têm alguns aninhos no ramo musical.

Ah! Uma coisa curiosa foi a distribuição de tampões para os ouvidos, no stand de Informações. Outra coisa que têm é espaços dedicados a animação de crianças e jovens, visto que esperam entre 4000 a 7000 crianças e jovens com menos de 16 anos.

Fiquei a saber que a minha colega Judith também esteve lá ontem, mas não nos cruzámos... (o que não é assim tão dificil no meio de milhares de pessoas).

Hoje tocam os Depeche Mode, Goldfrapp, The Dandy Warhols, Ziggy Marley, entre outros; e nos dias seguintes: The Who; Tracy Chapman, William White, We Are Scientists, Hell’s Kitchen; Placebo, Feeder; Indochine…

Enfim, gostei – sobretudo porque a companhia ajuda :)



* Fui, que é como quem diz fomos: LP. Sérgio, Adrien, Stéphane e Stéphanie (namorada do Stéphane) e eu.

Teia-de-aranha

O peculiar da foto não é apenas o ter captado a minuciosa teia-de-aranha, mas sim que também apanhou a marca do jipe estacionado: “Cherokee”. O interessante é pensar que “Cherokee” era uma tribo índigena norte-america e que os espanta-espíritos com penas que se encontram à-venda em diversas feiras de artesanato e lojas são feitos (supostamente) como os dos indígenas e o centro destes espanta-espíritos assemelha-se a uma teia de aranha, como a da foto!

Cogumelos

Para todos os gostos e feitios!

No fim-de-semana de 8 e 9 de Julho decorreu a “La Nuit de la Science” que é uma espécie de feira em que diversos stands exibem o que diversas entidades andam a fazer. Estão representadas Faculdades, grupos de trabalho, grupos ambientalistas, ... É bastante interessante, porque se pode participar em jogos, experiências, aprender-se um bocado mais sobre diferentes matérias... É sobretudo divertido, educativo e ludico para as crianças, sendo um excelente programa familiar que conjuga um passeio à beira do lago (a maior parte dos stands ficam no jardim “Perle du Lac”, junto do Museu de História da Ciência – estando algumas exposições também no interior deste museu –, que fica virado para o lago.

Em homenagem ao meu amigo Paulo – que me deu umas “luzes” acerca de micologia [não, não é nenhum tipo de doença, é o estudo dos cogumelos], como por exemplo, os cuidados a ter no seu transporte – aqui fica uma amostra da diversidade de cogumelos que estavam presentes num dos stands:




Vários cogumelos, alguns com pedaços de terra e tudo (que é para se ver que são mesmo daqueles a sério!)




Cogumelos tipo “casa-dos-strumfs”,









cogumelos gordinhos,





cogumelos achatados.


Tuesday, July 18, 2006

O primeiro pão!

Uma das minhas prendas de aniversário (oferecida na festa-surpresa) foi uma máquina de fazer pão. É só colocar os ingredientes, escolher o programa que se pretende, o peso do pão e a tonalidade (mais cozido/bronzeado, menos cozido/bronzeado) e clicar “On”! Depois a máquina faz tudo sozinha! Uma maravilha, que deve dar ainda mais jeito no Inverno, ajudando a manter a casa ainda mais quentinha!

O primeiro pão já foi confeccionado e as primeiras observações já surgiram: falta-lhe sal e é um pouco pesado (pudera, escolhemos fazer um pão “completo”, com farinha completa, aquela de tonalidade mais escura).

Monday, July 17, 2006

Obras no escritório

esta vez não foi bem obras, mas simplesmente montar uma ventoinha e pô-la a funcionar. E já está (no tempo record de 10 minutos, porque o LP estava por aqui e sempre deu uma ajuda)! À falta de chave-de-parafusos (chave phillips) improvisou-se “à la McGyver” e um clip serviu bem para apertar os parafusos! (E viva o pensamento divergente, que nos permite encontrar soluções diferentes com material corriqueiro.)

Agora já tenho fresquinho! E a papelada toda a voar!


Obras em casa

Este Domingo resolvemos pôr duas prateleiras na cozinha. A cozinha é minuscula e, como tal, uma das coisas que lhe falta é espaço. Esta problemática ainda se fez mais sentir a partir do momento em que me ofereceram uma máquina para fazer pão e não havia espaço onde pô-la (nem na sala/quarto, nem na casa-de-banho, nem na própria cozinha!). Vai daí e pusemos mãos à obra!

É fantástico o dispêndio de energia investido quando uma pessoa resolve fazer obras, mesmo que sejam pequeninos arranjos. Demora sempre mais tempo do que se espera, não há maneira de ficar direitinho*, mesmo que se tire as medidas todas, de todos os lados, há sempre algo q não bate certo! Bem, resta(m) a(s) dúvida(s): será do chão que é irregular? Ou serão as paredes? Ou mesmo o tecto? Ou é uma questão de ilusão de óptica e até nem está assim tão torto?

Felizmente que desta vez não demoramos um fim-de-semana como para montar o armário-roupeiro, do IKEA, de 2m X 2,26m. Desta vez, as prateleiras tomaram-nos uma parte da tarde de Domingo. O roupeiro demorou um fim-se-semana inteirinho! Só para montar as portas de vidro, foi um dos dias (demoraram mais do que tudo o resto). Felizmente que tinhamos o mezzanine, pois sem escadote ia ser bonito (mais do que o que foi)… E lá estava eu, em cima do mezzanine a dar as instruções (porque como sou eu que leio as instruções, fico também encarregue de orientar a “obra”): “mais para a esquerda…não, não, mais para a direita… está quase…. Hi! Foi por pouco… mais uma vez”; enquanto ele ia resmungando (com razão) que as portas pesavam ou que já lhe doiam os braços de apertar parafusos… No final, o resultado ficou porreiro e deu uma grande ajuda para arrumar roupa e mais tralha, da e na casinha “acolhedora” (eufemismo para “bem pequenininha”)!



* Bem, haver maneira, até há, mas tinha de ser o meu pai a fazê-lo… ou então tinhamos de ter ferramentas mais adequadas (como, por exemplo, um nível).

National Geographic

O meu gabinete parece o cenário de um dos episódios do National Geographic recriado pelo Herman no seu “David Vaitembórough”. Na 4ª feira, a Kerstin trouxe as suas duas plantas para o meu gabinete, para eu as regar enquanto ela estiver fora. Como já lá estavam as três do Nicolas e o meu bambu, a sala está mesmo verdejante!


Sunday, July 16, 2006

É a loucura! Genève on fire!!!

Hoje decorre a Lake Parade em Genève. Acho que é uma espécie de Gay Parade (que aqui vai ser daqui a duas semanas, mas parece que até é mais calminha). A Lake Parade é uma festa com desfiles de camiões com pessoal a dançar nestes. O tipo de música é de discoteca, rave, house, techno, … O desfile ocorre junto ao lago (deve vir daí o nome); após o desfile, os carros ficam numa zona junto ao lago (este ano é na Baby Plage – a praia das crianças) até de madrugada – ainda se ouve a música – de modo a continuar a festa. O pessoal aproveita para se vestir de forma extravagante, exuberante, diferente… Um Carnaval em Julho. As pessoas permitem-se a excessos… And the party goes on!






Thursday, July 13, 2006

"É de se lhe tirar o chapéu!"

O meu chapéu não tem três bicos, mas é do melhor! Tem as cores de Portugal; flores feitas em papel, como rosas; espelhinhos; doces (pois, também é comestível) pendurados e um no topo em forma de borboleta; uma tira com personagens de BD (as minhas preferidas: Calvin&Hobbes; Astérix e Obélix; e o Pluto*) e até um telemóvel que toca (bem, faz barulho) e cujo interior também tem doces. Os doces são do tipo dos “Pez”. O resultado final é muito giro e eu adorei!


De acordo com a tradição, recebe-se o chapéu no dia do 25º aniversário se ainda não se for casada e em Novembro, no dia de Sta. Catarina (que não sei quando é) deve andar-se com o chapéu. Isto deve facilitar a escolha pelos possíveis pretendentes...


* Isto por causa de um gelado que vem numa caneca com o focinho do Pluto. A Gäelle estava triste porque se fartou de procurar pelo gelado do Pluto, para mim, e não o encontrou em lado nenhum... A história vem de há uns tempos, em que eu, num dos primeiros jantares em conjunto, fiquei na dúvida se a minha sobremesa seria um desses gelados (que é mais para miúdos, porque o gelado nem é grande coisa, é básico). Claro que o motivo da escolha seria mais eu ter achado piada à caneca (pois é, não é só no “Disney on Ice” que se encontram canecas cómicas e queridas)! Acabei por não escolher esse gelado, mas a história ficou para andarem sempre a meter-se comigo.

Frases

Na t-shirt do Matteo:

“Do you mind not standing so close to me? Someone might think that I’m with you.”

Frase no site do Le Calamar (http://www.lecalamar.ch/) - tinha ido à procura de fotos, mas não havia nenhuma da esplanada...

“Glamstory of George Best: «En 1969 j’ai arrêté les femmes et l’alcool, ça a été les 20 minutes les plus dures de ma vie.»”

Espaço entre Molard e Bel-Air

Existe um espaço livre entre Molard e Bel-Air que fica enquadrado por dois edifíios e por duas estradas. O que é curioso é que é um espaço polivalente. Já lá vi: pista de patinagem no gelo (durante o Inverno); uma mini-praia, onde fizeram um torneio de beach-volley (há cerca de 2 semanas); e, actualmente, puseram um jardim (tapetes de relava), com flores, bancos de jardim, com uma coberta, de modo a parecer aquelas casinhas que se encontram nos grandes jardins (costumo vê-las mais nos filmes americanos) – está bem giro! O que é melhor é que estes espaços estão acessíveis ao público gratuitamente!

Le Calamar

Local aprazível, onde a malta convocada* pela Joanna acabou por se reunir. A ideia primordial era ir a uma esplanada em Bain-des-Pâquis, mas a ameaça de chuva obrigou a uma mudança de planos. Acabou por não chover, mas o novo local ja estava determinado, para qualquer eventualidade, pois era uma esplanada coberta por um toldo. O “Le Calamar” fica mesmo junto à Faculdade (Uni-Mail), o que para muitos de nós ainda foi mais cómodo.

Conseguiu-se reunir 22 pessoas diferentes! Não todas ao mesmo tempo, o máximo, simultaneamente presentes, foram 20, mas entretanto, saiam uns, chegavam outros. A representatividade masculina é sempre mais reduzida, mas mesmo assim estiveram presentes 9 (em que um deles é ainda bebé, com 5 meses e meio, o pai do bebé, e dois rapazes da área da Informática). Foi fixe, embora com um grupo tão grande acabe por não se conseguir falar com toda a gente e constituem-se mini-grupos... Mas sempre foi um fim-de-tarde diferente. Cerca das 22h ainda fomos até à casa do Marius que nos convidou (às resistentes) para continuarmos a conversa por lá. O “fim-de-tarde diferente” terminou pelas 23h, porque no dia seguinte era dia de trabalho (e o Marius estava cansado, tinha chegado no dia anterior de Amsterdam – ele é holandês – e antes tinha estado nos EUA)...



* Em duas versões, porque num grupo multi-lingue há quem ainda não domine o francês:


Hi everybody,

The university year is coming to a close and summer has finally arrived!

Before everyone leaves for vacation or the rest of us that continues working, I would like to propose an apero next Wednesday, July 12th at the Terrasse next to Bains de Pâquis around 19h00. I personally don't know some of you and I hope this might be a chance to get to know each other a bit better before the summer gap. I really hope to see you all and if you're already leaving for vacation - Have a great summer! If you're just coming back from vacation - Welcome Back!

Cheers,
Joanna


Salut tout le monde!

L'année universitaire s'achève et l'été nous appelle! Avant que tout le monde soit partie pour des vacances (ou des autres, comme moi, qui continuent à travailler, j'aimerais proposer que nous nous retrouvons pour un apéro le mercredi prochain, le 12 juillet à la Terrasse juste à côté des Bains de Pâquis vers 19h00. Je ne connais pas personnellement tout le monde mais j'espère que ça sera une chance de se mieux connaître avant la grande pause estivale. J'espère sincèrement de vous voir et si vous partez déjà pour les vacances - Bonne vacances!


Amicalement,
Joanna


«Great minds think alike» ou Coincidências?!

Ora aqui está o que me disseram ontem! Isto com o elogio todos os dias até é bom!

Vou primeiro contextualizar... Uma colega de uma das equipas, uma homónima minha (Joanna) que acho que vem da Corea e que também está a fazer doutoramento, resolveu marcar um apèro (uma espécie de ”vamos beber um copo”), para as 19h. A ideia era reunir a malta, como ela explicava no mail, antes do o pessoal ir partindo de férias. Deste modo sempre dava para se ir conhecendo mais alguém, visto que há várias equipas e que há um grande grupo, o do CISA*, que está um pouco disperso.

A situação foi curiosa, pois eu e ela íamos vestidas de forma muito semelhante: estávamos as duas com um top preto e com uma saia preta (a dela tinha riscas ligeiramente oblíquas fininhas brancas, e a minha tinha riscas dispersas também oblíquas, mas de cor creme)! Ela ao constatar que eramos homónimas, reparou logo que estávamos vestidas da mesma forma, comentando: “Great minds think alike!”. O que é mais interessante é que já não é a primeira vez que isto nos acontece. A primeira vez que soube que havia uma colega chamada Joanna foi no primeiro encontro organizado pelo CISA, em que o pessoal devia expôr o que andava a fazer, de forma a que fossemos conhecendo melhor o trabalho uns dos outros. Nesse dia, ela levava uma saia preta e camisa branca – como eu! (Bem, eu tinha ainda um casaco vermelho...)


P.S.: Acerca da contextualização… (pequena dissertação porque me está a apetecer!)

A frase que foi dita pode até nem ser entendida como elogio, se pensar que se se é uma “grande mente” o esperado seria que se tivesse um tipo de pensamente diferente dos outros (um pensamento divergente mais rico). Como tal pode considerar-se que pensar de forma igual não seja assim algo de muito bom... No entanto também se pode verificar que são considerados padrões mais ou menos standard para classificar uma “grande mente” (em que um deles, é o surgir de ideias diferentes e inovadoras). Bem, fica aberta a discussão...

Contudo o que interessa é que, no presente contexto, e pela forma como foi dita, foi um elogio simpático (para as duas!).



*CISA = Centre Interfacultaire des Scienses Affectives

Tuesday, July 11, 2006

Charmante

“Je pense que vous êtes très charmante...”

Ora esta ainda não tinha ouvido... Pode-se dizer que é uma abordagem delicada...

Friday, July 07, 2006

Festa-surpresa!

Tive uma festa-surpresa!!! Desta vez foi uma surpresa completa - não houve ninguém a descair-se, nem a tentar "proteger-me". Acabei de vir do jantar – o pessoal esmerou-se, é um grupo impecável! O LP disse-me que hoje não lhe apetecia cozinhar e que lhe apetecia ir a um restaurante! E eu sempre sem desconfiar de nada, mesmo quando chegámos ao restaurante e o pessoal estava lá todo! Ainda demorei um pouquinho a processar... Só se fez luz quando vi a Kerstin! Aí percebi que tinha mais a ver comigo! Gostei bastante. Os mimos foram muitos – bem, devem ter ido à falência e já não têm dinheiro para as férias.

Quem também foi "apanhado" foi o Matteo, porque se aproveitou para lhe dar a prenda dele (uma daquelas máquinas de café "Nespresso" muito giras e utéis - sobretudo se se é um amante de café, como ele).

Ah! E recebi o meu chapéu de "não-casada aos 25 anos"! Foi a Gäelle e o Yanick que fizeram e é mesmo bonito!

A ver se me vou deitar porque amanhã (aliás daqui a umas horas) é dia de trabalho; logo continuarei com mais posts acerca do assunto, em que incluirei uma foto do meu belo chapéu (tirada com uma polaroid - uma das prendas que recebi!).

Não quero terminar sem antes agradecer a todos os presentes (sobretudo no meu coração): LP, Sérgio, Gäelle, Yanick, Adrien, Matteo, Kerstin, Stephan, Xavier e Maja – BEM-HAJAM!

Thursday, July 06, 2006

Tudo direitinho

A Suiça é conhecida por ter tudo direitinho – por exemplo, a relva e as árvores crescem direitinhas e até a chuva é direitinha (sobretudo aquela que desde madrugada ainda não parou de cair)! Só é pena não terem assim um dia mais equilibradito, pois estiveram dias de imenso calor (mais quente que em Portugal) e agora (desde ontem) chove! Um diazito com sol e com uma brisa a correr, isso é que era bonito!

Wednesday, July 05, 2006

Desafios / Caixas eléctricas (3)

Estas estavam quase em Stand, que é uma zona onde passa um dos rios (em Genève, além do lago, há dois rios que se ligam a ele). A zona em que estavam fica no final (ou inicio) de uma das ruas que se seguir sempre vai ter à Faculdade de Psicologia, passando pela Uni-Dufour (onde está o Departamento de Ciências Computacionais). Não é assim muito perto, mas acho que poderá justificar os diferentes tipos de desafios e ilusões que se podem ver nas caixas.


Cálculos mágicos, entre outros

Deformações visuais & O cérebro preenche formas vazias


Uma desordem ordenada


Construções impossíveis, entre outras


Formas que se movem & Jogos de luz e de cor

Caixas eléctricas (2)

Ora aqui estão mais duas caixas electricas decoradas!

Esta é explicíta, fazendo referência à Holanda, com os seus moínhos e tulipas. Não percebia porquê, até que no outro dia reparei que numa rua paralela fica a Rue d’Hollande! Tudo explicado, ou pelo menos mais claro!

A forma como as frutas estão representadas fazem lembrar um mercado. Há um mercado ao ar-livre, às 4as feiras, na rua, mais abaixo de onde está localizada esta caixa.

Esta fica na zona de Plainpalais, no final da Rue des Philosophes. Talvez um mamute por considerarem que a Filisofia já vem de há muuuuuuuuuiiiiito tempo?! Ou será pela consideração feita acerca da reação do ser humano ao que é novo e inesperado?

E lá vão os “joves inconsequentes”, mas felizes da vida (zona lateral).

Esta representa uma paisagem típica suiça: o chalet na montanha, as vacas, as montanhas verdejantes, o leite (que eles consideram de excelente qualidade, daí o sucesso nos chocolates – pois árvores de cacau não têm) só falta a Heidi, mas o Pedro anda por lá...

Ingredientes

As diferenças culturais também se observam na culinária e é umas das coisas mais difíceis e, simultaneamente, divertidas. É cómico quando o pessoal tenta explicar um ingrediente de determinada comida: há a descrição, os gestos, a que é que se assemelha, o tipo de gosto, o recurso a diferentes formas de dizer, com o que é que se costuma utilizar, ... Por exemplo, como quando se está a comer um bolo que tem uma coisa que parece legumes no interior. Lá me tentaram explicar o que era, mas não cheguei lá. Da próxima vez que for ao supermercado tenho que olhar para o que estiver junto dos moragos, pois há-de ser algo com folhas compridas e rosadas na ponta, que o pessoal por aqui come juntamente com os morangos (nós preferimos o chantilly, eles os vegetais).

Dia não muito produtivo...

Isto da “não-produtividade” depende do ponto de vista: acabei de vir de um gabinete de uma colega onde comi duas fatias de dois bolos diferentes – ela faz anos hoje e tinha feito um bolo, assim como a colega de gabinete dela. Fiquei hoje a saber que se chama Rachel, pois cruzávamos-nos várias vezes no corredor, mas nada de sabre o prénom uma da outra. Ora aqui está algo bastante produtivo em termos alimentícios e sociais.

Isto com o calor custa a trabalhar. Bem, custa também a adormecer... Ontem o pessoal (Matteo, Sérgio, Adrien, Maya) esteve lá em casa a ver o futebol. Fez-se um jantar leve e mesmo sendo uma casa pequenina, há sempre lugar :) A Itália ganhou, o Matteo ficou todo contente. O mais difícil foi mesmo aguentar o calor... Felizmente no fim-de-semana, quando fomos fazer as compras para o aniversário da Gäelle, ao Carrefour, comprámos um ventilador de coluna – é uma maravilha, mas insuficiente para fazer face ao calor que se vai sentindo. Acaba-se por já não se deitar a horas decentes, o calor não ajuda; depois começou a trovoada e pronto, é difícil acordar cedo (até porque estou mais fresquinha em casa que no gabinete). À hora de almoço foi fixe, juntou-se um grande grupo (como vai sendo habitual: Matteo, Sérgio, Adrien, Xavier, LP, Nicolas, Kerstin, Tanja e eu) e lá se fica a falar. O pessoal “Uni-Mail” (Psicologia: Nicolas, Kerstin, Tanja e eu) ficou mais tempo a conversar: falou-se do ter várias nacionalidades como é o caso da Tanja que nasceu nos EUA, a família é alemã e que é casada com um suiço! O Nicolas também se sente dividido e não muito identificado com nenhuma nação em particular: a mãe é francesa, o pai italiano e ele nasceu e sempre viveu na Suiça. É giro ir partilhando diferentes perspectivas, culturas, noções, experiências, ... Novamente, produtivo em termos sociais e de conhecimentos.

Depois foi vir tentar começar a trabalhar, escrever umas coisas no blog, e ser convocada para a comezaina de bolo!

Agora está a trovejar e mais logo à o jogo de Portugal. A ver se ainda dá para adiantar umas coisitas...



P.S.: Ah! Mas até está a ser produtivo para o blog!

Quem fala assim não é gago!

Pois continuo numa de futebol, mas esta passou-se antes do jogo entre Portugal e Inglaterra. Numa conferência de imprensa, passada na tv, um jogador português deu uma resposta, no mínimo impressionante (sobretudo tendo em conta o estereótipo a que os jogadores de futebol estão sujeitos). Vou tentar reproduzir o mais fielmente possível a questão, colocada por um dos jornalistas estrangeiros, e a resposta do Pauleta (aquele que é açoriano* e fez publicidade ao queijo):

- “Do que é que vocês têm mais medo: da equipa inglesa, dos adeptos ingleses, ou da imprensa inglesa?

- Se você conhecesse um pouco da História de Portugal ía perceber que não temos medo de ninguém e que não nos deixamos intimidar por ninguém. Simplesmente, respeitamos toda a gente, não gostamos de ser humilhados, e queremos provar que somos os melhores!”



P.S.: Bem, para não estar aqui com falsos testemunhos, fui procurar na net se existiria algo já documentado sobre o assunto e voilà:

"Se conhecessem um bocadinho da história de Portugal, veriam que Portugal não tem medo de ninguém. Simplesmente somos um País que respeita toda a gente e que só quer ser respeitado. Nós, portugueses, não admitimos que nos faltem ao respeito ou que inventem informações falsas sobre os nossos jogadores ou sobre o nosso país. Todos sabemos que o futebol não se joga só dentro do campo... Estamos atentos à pressão da imprensa inglesa e de alguns responsáveis ingleses, e até já de alguns do Brasil que começam a estar preocupados com uma hipotética meia-final em que tenham que nos defrontar. Infelizmente o futebol funciona assim, mas temos de concentrar-nos apenas no nosso trabalho, na nossa equipa e sabermos que Portugal terá de estar ao mais alto nível nesse jogo. Já vimos que temos muitas pessoas contra nós e que cada vez que Portugal começa a aparecer e a fazer coisas boas, surgem logo certas situações para desestabilizar." – Pauleta, 28/06/2006, avançado-centro da Selecção Nacional...

(http://adeptos.blogspot.com/2006/06/mundialices-134-parabns-pauleta-por.html)

“We’re not afraid of anyone. We respect everyone and we like to be respected in return. We won’t allow anyone to disrespect us with false accusations about our players or country. That’s sacred,” he declared in a recent interview. “We’re going to show the world that we’re ready for whatever comes our way. If we lose it won’t be for lack of effort or spirit.” (http://portugal.worldcupblog.org/group-d/pauleta-fights-back.html)

Se quiserem comparar com o que um jornal português escreveu, aqui fica: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1262414. Só a título de exemplo: “Se lerem a história de Portugal” vs. “Se conhecessem um bocadinho da história de Portugal“.

Dá para se perceber como os media alteram e deturpam, mesmo que seja pouquinho, aquilo que é dito pelas pessoas. Neste caso, não faz grande diferença; mas se mesmo assim não conseguem passar a informação de forma exacta e de como foi dita; imagine-se o que farão com informação mais “explosiva”! Pronto, fica também neste post a minha revolta contra a dita imparcialidade, objectividade, precisão e exactidão dos media (que no fundo, são mais outra máquina de fazer dinheiro, assim como o futebol...)



* Pensava que se escrevia “açoreano” (de “Açores”), fui confirmar aos dicionários on-line da Porto Editora, mas parece que é mesmo com “i”... A Língua Portuguesa tem destas coisas rocambolescas (esta já fui ver a http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx e significa: “fértil em peripécias e lances inesperados”).

Monday, July 03, 2006

Cada um a sua nação! (ou Ainda a propósito de futebol...)

O meu gabinete tem incorporado outro, isto é, há um grupo de trabalho (de Psicologia Diferencial) que para entrar no seu gabinete tem de passar obrigatoriamente pelo meu e o do Nicolas. O que é curioso é que neste momento há elementos de cada uma das equipas de futebol que estão a disputar as meias-finais: o Nicolas é meio-italiano, assim como a Fabienne (o que dá uma pessoa a 100% a torcer pela Itália); a Jöelle é francesa, a Judith alemã e eu sou portuguesa. Ainda bem que a convivência é agradável e o futebol serve apenas como mais um tema de conversa :).

Vitesse!

Isto de trabalhar com pessoal alemão, organizado e eficiente é do melhor! Hoje houve exame de uma das disciplinas que o meu prof. lecciona. O exame foi às 8:15 da matina (um horror para todos! A alvorada, para mim, foi às 6:30!). Apareceram 99 estudantes e estávamos 5 (Kerstin, Sylvia, Nicolas, Michael e eu) a controlar (mais o prof. no ínicio para ir respondendo a algumas perguntas). Por aqui, todos os exames podem durar até 4h, ou seja os alunos têm 4h para fazer o exame, mesmo que o exame seja de escolha múltipla e só tenha 20 questões (como era o caso). Felizmente, nenhum dos estudantes quis ficar as 4h a fazer o exame e assim que começaram a “chover” os primeiros exames entregues, a Kerstin e a Sylvia foram para o gabinete corrigi-los. A seguir, após mais uma boa fornada, subi eu e o Nicolas; o Michael ficou para controlar as últimas pessoas e para receber os últimos exames.

E pronto, tutto finito às 10:30!!! Claro, que ajudou estarmos três a corrigir (Sylvia, Nicolas e eu), com um acetato com as respostas correctas assinaladas (a escolha múltipla é uma maravilha para quem corrige!), enquanto a Kerstin elaborava a grelha no computador. A correcção ja está; a Kerstin e o Michael vão inserir no computador as notas e ver a distribuição; depois talvez tenhamos de rever uma última vez (sobretudo os que estiverem no limbo), para ver se não escapou nada.

P.S.: O meu prof. partiu para férias às 13h, já com os exames todos tratados. Agradeceu ao pessoal e desejou-nos boas férias – aquelas que vamos ter mesmo, fora do local de trabalho, e aquelas que podemos gozar com a sua ausência (palavras dele!) ;)

Futebol – movimento de massas


Uma das coisas interessantes de se viver numa cidade multicultural como Genève é que quando existem acontecimentos que movimentam pessoas em massa (e não me estou a referir a nenhuma catástrofe natural, tipo terramoto que movimenta pessoas e terrenos) – como é o caso do futebol – parece haver sempre festa! Não importa que equipa ganhe, há sempre barulho. A verdade é que é fácil saber que equipa ganhou, pois se houver mais barulho é uma das equipas mediterrânicas: Portugal, Itália e, antes, Espanha. O pessoal anda trajado a rigor, para apoiar a equipa do coração e acho que há mais barulho em Genève quando Portugal ganha do que em Lisboa. A distância do país de origem tem destas coisas: longe parece haver um maior orgulho em ser português e em partilhar os feitos de um grupo de Portugueses (é mais uma daquelas coisas que tem a ver com a auto-estima pessoal e de uma nação).

A mim não altera grande coisa. Bem, depende do barulho feito e se as festividades de algumas equipas não interferem com o meu bem-estar. Quanto às vitórias de Portugal passa-se praticamente o mesmo. Bem, na verdade fico contente e triste. Contente por as pessoas ostentarem com orgulho bandeiras e vestimentas portuguesas (deve haver mais de 100 bandeiras nas janelas dos prédios das ruas que ligam o aeroporto a Eaux-Vives, zona onde habito); triste por só o fazerem quando um grupo de pessoas – que ganham mais dinheiro num mês do que a maior parte dos seus apoiantes vai ganhar na vida toda – conquistar algo com o nome de Portugal; triste por haver muito mais pessoas, incluindo outros atletas/desportistas, a obter mais e maiores vitórias e serem completamente ignorados ou desconhecidos. Mas, pronto, já que é para ganhar alguém, então que seja a Nossa Selecção: Portugal!


Nota: Foto tirada a 1 de Julho (após Portugal ter vencido a Inglaterra), em Rive, local onde os ‘tugas se concentram para festejar as vitórias da selecção portuguesa de futebol.

25 anos


O quarto de século não foi só para mim, é para muita gente. Logo neste Sábado (1 de Julho*) tivémos a festa de aniversário da Gäelle, que também fez 25 anos. A festa foi num terreno sem electricidade e com mosquitos, onde se fez um barbecue e o pessoal se divertiu. Foi uma oportunidade para ter contacto com uma nova tradição. Quando se faz 25 anos, na Suiça, se ainda não se estiver casada deve-se usar um chapéu no dia de aniversário. Esse chapéu é feito pelos amigos. O da Gäelle estava bem giro, sobretudo porque sendo feito por pessoas próximas há um carinho e cuidado especial, além de que o chapéu é elaborado de forma a exprimir gostos pessoais da aniversariante. No caso da Gäelle era um chapéu de palha, vermelho, com fotos do Kalimero (o patinho preto com uma casca de ovo na cabeça), pois ela queixa-se sempre que perde os jogos de basketball, e penduradas tinha bolas de basketball, feitas de esferovite; no topo do chapéu estava um cesto de basket onde deveria ser colocada a maior bola de esferovite! Estava bem personalizado e original (pelo menos, é único!).


* Dia frutífero em aniversários porque também é o do Dinis!

26 de Junho

Fiz 25 anos, um quarto de século. Agora vai ser mais difícil ouvir o pessoal (sobretudo aqui na Suiça, determinados amigos do LP) a dizer: “24 anos?! Mas ninguém tem 24 anos!” Ao que uma pessoa lá tem quase que os beliscar e reafirmar que não é um holograma – sim, porque vir com uma explicação de como as generalizações podem ser incorrectas e perigosas (e que até devem ser tratadas em terapia) talvez não fosse tão bem aceite e levava um bocadinho mais de tempo. Agora que tenho um quarto de século, a conversa não deve mudar muito, porque o ano que passou para mim, passou por todos. Acho que como a idade nunca foi algo a que eu ligasse – nem à minha, nem à dos outros – talvez por isso me faça alguma confusão ouvir estes comentários que denotam que a pessoa não está confortavel com os anos que foi adquirindo... Para mim faz mais sentido a frase de Richard Bach que achei bonita:

Voa, livre e feliz, para além de aniversários, através da eternidade e encontrar-nos-emos de vez em quando, sempre que quisermos, no meio da única festa que nunca poderá terminar.

Ainda não sei que festa é essa a que ele se refere, mas se for a da amizade e a da vida contem comigo! Gosto da ideia de ser livre através do tempo, de não ter que ficar preso a um rótulo que é a idade, e gosto sobretudo da ideia de nos encontrarmos (seja quem for) de vez em quando (seja em que altura for), no meio de uma festa (seja ela qual for)...

Κάποια γνώση προσβολών ελληνικών (Algumas noções de grego)

Yia su / Yia sas = Olá (se nos dirigimos só a uma pessoa) / Olá (se nos dirigimos a mais de uma pessoa)

Kalimera = Bom dia

Kalispera = Boa tarde

Kalenicta = Boa noite

Efkaristo = Obrigado

Baracalô = Se faz favor / De nada /

Yamas =Tchin-tchin/Saúde = Cheers = Santé

Malaka = não é uma palavra muito bonita (supostamente uma menina não a deve usar); pode ser usada como insulto ou então como forma de tratar um amigo – e.g., “Hey. Malaka!” (talvez algo do género: “Então, palhaço/Então caramelo!”), depende mais da forma como sediz, a quem se diz e do contexto.

Os nomes têm “s” no final quando as pessoas se apresentam – por exemplo: “Olá, eu sou o Grigoris”. Quando nós chamamos pela pessoa, já não se utiliza o “s” – por exemplo: “O que é aquilo ali, Grigori?”



Nota: as palavras podem ter erros de ortografia, tentei escrevê-las como as podemos dizer com a nossa leitura em Português, de modo a que soem a grego.

Conduzir à grega ou A máfia taxista grega

Eu que já achava que os portugueses têm muito a evoluir em termos de prevenção rodoviária, civismo e atenção ao volante – fiquei estupefacta com os gregos! Pois... conseguem ser piores!

O LP avisou logo para me preparar mal entrámos no carro. 15 segundos depois, estava eu a pôr o cinto, porque mesmo sem ser um carro com turbo, eu ia coladinha ao banco! O taxista parecia doido e sem amor nenhum pela vida (nem pela nossa, nem pela dele). Ia extremamente rápido em zonas que só têm uma faixa em cada sentido; colado ao carro da frente; fazia ultrapassagens passando DOIS traços contínuos; ... Mas a cereja no topo do bolo, foi quando a estrada alargou, ou seja, tinha uma via para cada um dos sentidos, mas na via da esquerda, esta alargava, pois permitia que os automobilistas virassem para a esquerda. Para este efeito, como tinham de cruzar a faixa dos outros condutores, havia uma raia/guia antes, de forma a “proteger” essa faixa de viragem. Ora para o nosso condutor, a tal raia/guia foi uma excelente oportunidade para ele ultrapassar mais facilmente os outros carros: meteu-se em cima desta “pseudo-faixa” e ia fazendo sinais de luzes aos outros condutores que vinham no sentido contrário (mas que estavam no seu direito e na sua faixa correcta!). Resta dizer que chegámos inteiros e que nem fomos muito “roubados” no preço – valeu-nos o termos sido avisados e o pessoal do “comité de recepção” ter ido até junto do táxi perguntar se estava tudo ok (acho que isto mostrou ao taxista que não seríamos uns turistas muito vulneráveis, pois até conhecímos os locais).

Ah! Outra coisa a propósito da “máfia” taxista em Creta: nós chegámos a ver o taximetro, mas ele nem sequer estava ligado! O Ang (colega chinês do LP, que foi com um indiano noutro táxi) perguntou onde estava o taximetro, pois não via nada ligado a contabilizar. O taxista deles apontou para o local do aparelho e respondeu que estava ali, mas que lá eles não utilizavam o taximetro!!!