Quem fala assim não é gago!
Pois continuo numa de futebol, mas esta passou-se antes do jogo entre Portugal e Inglaterra. Numa conferência de imprensa, passada na tv, um jogador português deu uma resposta, no mínimo impressionante (sobretudo tendo em conta o estereótipo a que os jogadores de futebol estão sujeitos). Vou tentar reproduzir o mais fielmente possível a questão, colocada por um dos jornalistas estrangeiros, e a resposta do Pauleta (aquele que é açoriano* e fez publicidade ao queijo):
- “Do que é que vocês têm mais medo: da equipa inglesa, dos adeptos ingleses, ou da imprensa inglesa?
- Se você conhecesse um pouco da História de Portugal ía perceber que não temos medo de ninguém e que não nos deixamos intimidar por ninguém. Simplesmente, respeitamos toda a gente, não gostamos de ser humilhados, e queremos provar que somos os melhores!”
P.S.: Bem, para não estar aqui com falsos testemunhos, fui procurar na net se existiria algo já documentado sobre o assunto e voilà:
"Se conhecessem um bocadinho da história de Portugal, veriam que Portugal não tem medo de ninguém. Simplesmente somos um País que respeita toda a gente e que só quer ser respeitado. Nós, portugueses, não admitimos que nos faltem ao respeito ou que inventem informações falsas sobre os nossos jogadores ou sobre o nosso país. Todos sabemos que o futebol não se joga só dentro do campo... Estamos atentos à pressão da imprensa inglesa e de alguns responsáveis ingleses, e até já de alguns do Brasil que começam a estar preocupados com uma hipotética meia-final em que tenham que nos defrontar. Infelizmente o futebol funciona assim, mas temos de concentrar-nos apenas no nosso trabalho, na nossa equipa e sabermos que Portugal terá de estar ao mais alto nível nesse jogo. Já vimos que temos muitas pessoas contra nós e que cada vez que Portugal começa a aparecer e a fazer coisas boas, surgem logo certas situações para desestabilizar." – Pauleta, 28/06/2006, avançado-centro da Selecção Nacional...
(http://adeptos.blogspot.com/2006/06/mundialices-134-parabns-pauleta-por.html)
“We’re not afraid of anyone. We respect everyone and we like to be respected in return. We won’t allow anyone to disrespect us with false accusations about our players or country. That’s sacred,” he declared in a recent interview. “We’re going to show the world that we’re ready for whatever comes our way. If we lose it won’t be for lack of effort or spirit.” (http://portugal.worldcupblog.org/group-d/pauleta-fights-back.html)
Se quiserem comparar com o que um jornal português escreveu, aqui fica: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1262414. Só a título de exemplo: “Se lerem a história de Portugal” vs. “Se conhecessem um bocadinho da história de Portugal“.
Dá para se perceber como os media alteram e deturpam, mesmo que seja pouquinho, aquilo que é dito pelas pessoas. Neste caso, não faz grande diferença; mas se mesmo assim não conseguem passar a informação de forma exacta e de como foi dita; imagine-se o que farão com informação mais “explosiva”! Pronto, fica também neste post a minha revolta contra a dita imparcialidade, objectividade, precisão e exactidão dos media (que no fundo, são mais outra máquina de fazer dinheiro, assim como o futebol...)
* Pensava que se escrevia “açoreano” (de “Açores”), fui confirmar aos dicionários on-line da Porto Editora, mas parece que é mesmo com “i”... A Língua Portuguesa tem destas coisas rocambolescas (esta já fui ver a http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx e significa: “fértil em peripécias e lances inesperados”).
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