Tuesday, April 24, 2007

Devagarinho vamos conquistando...

... terrenos, valores, direitos, obrigações, deveres, liberdades.

No passado dia 12 Abril tinha na minha secretária um jornal aberto, em cujas páginas se liam lugares de interesse a visitar em Lisboa. Tinha sido o Michael que viu num dos doisjornais diários de distribuição gratuita. Disse-me que era para eu ver se eles tinham descobertos os bons locais a visitar como anunciavam. Ai, que saudades de Lisboa... Uma cidade sempre para revisitar até porque nem conheço alguns dos locais mencionados no jornal!

Hoje vem uma notícia sobre a operação do Eusébio: «Eusebio opéré au Portugal - FOOT. L’ex-star portugaise Eusebio, 65 ans, a été opéré d’une obstruction de la ca­rotide interne. (…)». Ah ! E ainda havia uma referência à etimologia de uma palavra de origem portuguesa, no mesmo jornal: «Les macaques, des cousins pas si éloignés - Macaque vient du portugais «macaco», qui signifie «singe». (…) Le macaque partage 93% de nos gènes.».

Eh eh eh, lentamente vamos conquistando a Suiça! Em Genève cerca de 10% da população OFICIAL é portuguesa. Só falta é que se mexam um bocadinho mais, para se ganhar notoriedade pela positiva.

Devo andar a ouvir demasiado o meu prof.; ele é que diz que os alemães ainda vão voltar a conquistar tudo e que já começaram na Suiça, visto que em Zürich ainda há mais profs. alemães que em Genève e que são mesmo muitos, praticamente todo o corpo docente!

Como amanhã continuo a passar experiências (com participantes que mesmo pagos, não aparecem às 8h da matina. Grrr!), tenho dados para analisar e não sei se vou ter oportunidade de dar um “saltinho” ao blog, aproveito para desejar um excelente feriado, bem passado e com LIVRES festejos – com tudo o que a Liberdade acarreta, sobretudo, a Responsabilidade e Respeito pelo próximo e por si mesmo: Bom 25 de Abril!

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Martjin e Etienne

Estes dois são muito divertidos... e há dias em que estão mais inspirados.

Vinha eu do Banco, agora à tarde, e estavam eles os dois lá fora, na entrada da Faculdade, a lanchar sumo e M&Ms. Tinham um pacotinho também para o Karim, que estava na cave/sub-solo da faculdade, no laboratório de EEG, a fazer uma experiência enquanto experimentador. Disseram-me que teria mais piada se fosse eu a ir lá entregar-lhe o sumo, pois ele não estaria à espera. No problem! Lá me explicaram onde fica o recondito laboratório, não sem antes de me advertirem dos perigos que espreitavam: macacos, crocodilos e aranhas! Desejaram-me sorte... E sobrevivi (como era óbvio!), embora tenha ficado um bocado desiludida por não encontrar nenhuma criatura estranha. Humm... Pensando bem, o estudante que aparecia no êcrã a realizar a prova com aquele capacete de EEG, cheio de fiozinhos a sair da cabeça quase que parecia uma criatura estranha.

Mais tarde deparei-me com uma sequência de emails divertida.

Aqui fica uma sequência de mails, que começou com a sugestão da Kerstin de se ir até Pâquis, junto ao lago, beber um copo no final do dia...

De : Kerstin

Envoyé : mardi, 24. avril 2007 15:50

À : Judith; Joana; Céline; Chiara; Irene; Etienne; Martijn; Nele; Joanna; Karim; Anne-Laure; Harold; Sebastian; Tobias; Marcello

Objet : aller boir un verre...

Hello!

Qui a envie d'aller boire un verre au bord du lac ce soir pour profiter

du beau temps???

Disons vers 18h30 / 19h aux Bains des Pâquis?

A tout à l'heure!

Kerstin

PS Forwardez à ceux que j'ai oubliés!

De : Etienne

Envoyé : mardi, 24. avril 2007 18:00


I have some secret plans for the beg of the evening, but I might be able to join you guys later. I'll keep in touch with Matijn using our secret communication devices.

Don't tell anyone.

De : Martijn

Envoyé : mardi, 24. avril 2007 18:05


Which indeed implies that I will be there...

A sucessão de respostas continua e vai continuando também de forma multi-lingue:

De : Chiara

Envoyé : mardi, 24. avril 2007 18:27


ah.hmm, desolée.. last change in my (not secret) plans and I won't probably be able to make it..

amusez-vous bien!

ch

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Tuesday, April 10, 2007

Um belo dia!

[Contnuando na quebra da ordem cronológica]

Hoje está um belo dia para não trabalhar (e não o são todos?!). Está sol, luminoso, temperatura amena e agradável, nem frio nem muito calor – o ideal. Felizmente que só vim trabalhar da parte da tarde :). É um bocado deprimente vir para a Faculdade quando a maior parte do pessoal está de férias. Os corredores ficam muito vazios.

A cidade está cheia de gente a circular. É que o pessoal aqui aproveita bem a vida ao ar-livre, sempre que o tempo o permite. Ajuda haver vários jardins bem cuidados, as lojas estarem abertas e ser a semana de férias da Páscoa.

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Sunday, April 08, 2007

Boa Páscoa!

Outro parêntesis na ordem cronológica dos acontecimentos... Este é para desejar uma Boa Páscoa!





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Wednesday, April 04, 2007

O meu sábio amigo

O Ruben farta-se de me ensinar coisas. Esta foi uma das mais recentes:

Cabimento é quando há dinheiro”; “Há cabimento quando há dinheiro para pagar” daí a expressão: “Não tem cabimento!”

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Tuesday, April 03, 2007

Participantes

Para acabar as minhas primeiras experiências, de forma a obter um resultado estatísticamente significativo, preciso de arranjar/recrutar mais participantes. As condições são as seguintes:

- não podem ser pessoas que eu conheça;

- não podem ser os estudantes de Psicologia, pois já participaram em experiências com o mesmo tipo de manipulação;

- não podem ser pessoas de Psicologia (podem adivinhar o objectivo da experiência)

- só raparigas;

- não posso anunciar a recompensa de 10chf com flyers (não é permitido, não é ético), devo apenas anunciá-la oralmente (tentando ir a aulas de profs. que não de Psicologia ou à Cantina);

- não posso anunciar nas aulas de Direito (onde há mais gente, logo maior probabilidade de participantes), pois depois das férias de Páscoa vou fazer uma nova experiência e vou precisar de mais participantes.

Perante estas condições, quando ia com a Judith para ela me tentar apresentar colegas que poderiam ajudar no recrutamento, cruzámo-nos com a Chiara. Expliquei-lhe a minha dificuldade em terminar as experiências e a Chiara respondeu-me: “ Mas onde quer ele que tu arranjes participantes?! Na África do Sul?” Perante a dificuldade que tenho tido em arranjar participantes, começo a pensar que não seria má ideia.

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Monday, April 02, 2007

Ainda bolos...

No Carrefour daqui têm uns bolos que vêm numas latas mesmo muito bonitas. Geralmente são bolos típicos italianos que surgem nas alturas de festas religiosas (como no Natal, que tinham o Panettone). Claro que saem mais caros do que se viessem sem a caixa bonita, mas mesmo assim a um preço bastante aceitável para aqueles que são por aqui praticados. E já disse que as caixas são mesmo bonitas? :P

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Bolo de aniversário

Dia 20 (Março) a Judith fez anos. Ultimamente temos andado a esmerar-nos nisto das festas e esta não foi excepção.

Resumindo, decidimos preparar um jantar em casa da Chiara e da Irene (é perto da faculdade e tem espaço – uma sale, além de cada uma delas ter um quarto). Cada um de nós devia levar algo, pois a Judith gosta de fazer as coisas “à moda antiga” – i.e., quando fomos (LP e eu) num fim-de-semana passado jantar a casa da Chiara, com ela e a Judith (a Irene estava em Milão, a sua terra-natal), foi a Judith (que é alemã e não italiana) que fez a pizza, preparando a massa em casa, como a avó dela lhe ensinou. Assim, pareceu que o que ela iria gostar era ter uma festa num local familiar, com um grupo de pessoas próximas e com petiscos caseiros. A Kerstin levou uma quiche vegetariana; Chiara e Irene fizeram salada e salada de frutas; a Céline (que é suiça alemã) levou um molho grego muito bom de iogurte, alho e pepino (cujo nome não me lembro) e pão; a Joanna levou raviolli de espinafres (parece que agora, como anda em dieta, não come massas e tinha ainda algumas em casa); o Martjin levou morangos e chantilly; eu preparei o bolo de aniversário.

O bolo de aniversário era um bolo de chocolate que decorei com frutinhas feitas com massa-pão (compradas no Migros) e com uma plaquinha também em massa-pão a dizer “Joyeux Anniversaire”, as velas que consegui arranjar no Migros eram uns palhacinhos. Bem, na parte da decoração o LP é que se entreteve mais a pôr as coisas em cima e em volta do bolo. No final ficou bem bonito, de tal forma que a Irene disse que queria que fosse eu a fazer o seu bolo de aniversário. Além de bonito, o pessoal gostou e elogiou. E como uma imagem vale mais que mil palavras:

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Feijoada

Domingo fomos até casa do Paolo e da Silvia, com o Matteo e a Majka (ou Maja = maia, que significa Maria – e ainda acho eu o português complicado.... acho que ao lado do polaco é pêra doce). O LP foi fazer lá feijoada, pois eles têm uma casa a sério. Sim, a sério, daquelas com uma grande cozinha, sala, quartos (pois, no plural), casa-de-banho, garagem, jardim, cão. Além das áreas agradáveis, está mesmo muito bem decorada.

Primeira mesa preparada pelo Paolo



Segunda mesa, quando chegámos à conclusão que era melhor comer em pratos fundos.





Como se não bastasse, eles são pessoas impecáveis, super-simpáticos. O Paolo esmera-se nas bebidas e na bonita apresentação da mesa (pratos com cores a condizer, distribuição cuidada, cores harmoniosas).

A Silvia gravou-me um cd com músicas de dois artistas italianos, numa selecção elaborada por ela, pois tinha-o a tocar e eu gostei muito.

A feijoada foi um sucesso e dava para um batalhão!

Foi uma noite bem agradável e como a feijoada é pesada também foi bem “regada”. O pessoal beber (de)mais é bom para mim, porque significa que sou eu que levo o carro, por uma questão de segurança. Ora o carro do Matteo é muito fixe, pois tem turbo, é bem confortável e de condução agradável. Além de que me sinto lisonjeada por ele me deixar conduzir o carro dele :).


Nham nham


A também salientar neste dia está a drástica descida de temperatura:

Até cerca do meio-dia estavam 18 graus, à noite estavam menos de 6º... O Matteo dizia, enquanto íamos no carro dele até casa do Paolo e da Silvia (que já é em França) , que em meia-hora descia meio grau!

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Chapéu de doutor

No Sábado 17 Março, o Martijn convidou o pessoal para ir até um bar (o Alhambar), para celebrar o ter obtido o doutoramento. Actualmente ele está a fazer um post-doc através do CISA.

Para festejar o acontecimento, a Kerstin sugeriu fazermos um “chapéu de doutor” para o Martijn. Combinámos encontrarmo-nos (Kerstin, Judith e eu) em minha casa para fazermos o tal chapéu. Elas chegaram antes da hora, o LP estava a fazer folhados de atum (pois não tínhamos tido tempo de comer nada antes delas virem) e foi muito bom para acompanhar a elaboração da “obra de arte”. O LP tinha que acabar um artigo e decidiu não ir connosco. Nós chegámos atrasadas (folhados de atum, martini, chapéu, conversa), ou seja chegámos às 22h em vez de ser às 21h. Quando lá chegámos estavam na entrada a Joanna, a Alore e o Harold, eles assinaram também o chapéu e entrámos. A Kerstin ia no fim, com o chapéu atrás das costas. Já lá estavam o Martijn, o Etienne, o Karim e a Anna, a Nelle e o Karsten.

O Martijn gostou do chapéu, usou-o, estava divertido – ele tem um execelente sentido de humor –, até dançou com a Joanna e a Nelle num espaço com um varão, reservado a dançarinas profissionais!

Mais tarde foi chegando mais malta: Sebatian e Marie, Marcello, Vincenzo, Verena e outro rapaz. O Marcello comentou se eu não tinha achado estranho combinarem uma saída para as 21h. Segundo ele, a essa hora ele estava a preparar o jantar e que ainda teve de comer a correr para ver se conseguia estar lá às 23h15! É bom encontrar gente que compreende bem o meu ritmo biológico – acho que ele deve sentir o mesmo.

No final, os resistentes eram cinco: Martijn, Marcello, Kerstin, Nelle, Joanna e eu. O Marcello bem que queria continuar a noite noutro sitio, mas ele ainda não percebeu que em Genève é mesmo difícil, sobretudo após as 2h... Ainda andámos um bocado à procura de algum local aberto, mas nada. A Joanna que vive já há 7 anos em Genève disse que a seguir só dava para ir para uma discoteca, que a mais próxima e com pessoal acima dos 25 anos era a SIP [http://www.lasip.ch/], mas que aquela hora seria muito difícil de entrar e que da forma como os rapazes estavam vestidos (calças de ganga, ténis) seria impossível de entrar. O Marcello estava mesmo desiludido. O mais cómico era ir a dizer que ainda bem que a Joanna o tinha avisado, mas que mesmo assim não queria ser ensinado por suiços (os das discotecas) a vestir-se! “Sobretudo eu, que venho de Milão, capital da moda!” Ele estava mesmo revoltado, pois considera que os suiços não se vestem bem. Fui com o Marcello até Rive, onde ele tinha o carro e ele deu-me boleia até casa :). Ele tem um carro igual ao meu (o que está em Portugal), foi bom lembrar e reviver o “bombinhas”.

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Gaufre de Liège

A semana no ski serviu também para apender quais são os melhores gaufres. Segundo o Ivan (que terminou Medicina, é bulgaro, mas também tem a nacionalidade suiça), os melhores gaufres são os de Liège (na Bélgica). O que ele descobriu e nos transmitiu foi que o cafézinho no fim da pista azul (no meio das pistas, na zona em baixo*) tinha gaufres de Liège! “Eles vêm congelados, mas eles grelham-nos (aquecem-nos) lá, na hora! E são mesmo bons!”. Lá tive que experimentar. Infelizmente só experimentei um dia, pois nos outros estavamos demasiado concentrados e ocupados a aprender ski e no ultimo dia não abriram o estabelecimento por causa do vento (talvez tenham tido dificuldade a tranportar os mantimentos nas tele-cabines ou tele-cadeiras).


Receitas de gaufres que não sei se resultam, mas que encontrei rapidamente na net:

http://users.swing.be/hdepra/gaufre/index.html

http://www.aufeminin.com/m/cuisine/recette-cuisine-gaufre.html

http://fr.wikipedia.org/wiki/Gaufre_(cuisine)



*Nota: localização no “mapa” do post “Semana de ski, em Leysin”.

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WC na neve

Na verdade é junto às pistas de ski, fazendo parte de um cafezinho/snack-bar que havia em Leysin. Merece referência porque quando estava na fila para entrar, um senhor de idade avançada e de muito bom aspecto que saiu do WC público desejou-me boa sorte, pois "era inadmíssivel terem a casa-de-banho naquelas condições". Preparei-me para o pior, imaginando aqueles WC nos retiros de auto-estrada que são um buraco no chão e que estão sujíssimos. Qual não é o meu espanto quando entro na casa-de-banho. De tal forma que foi o meu espanto, que tive de tirar fotografias. [E vivam os casacos de ski, com tantos bolsos que dá para levar a casa atrás. O MacGyver é que devia andar com um casaco destes, safava-se num instante de toda e qq situação. O problema é que os episódios assim só durariam 5minutos em vez de uma hora...]. Só para salientar: tinha aquecimento, estava enfeitada, tinha papel higiénico mais do que sufciciente, não havia vestígios das passagens anteriores dos outros utentes, e até a tampa estava em baixo quando entrei! O chão húmido é facilmente justificado por estar no meio de uma estância de ski e as pessoas entrarem com as botas com neve.


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Semana de ski, em Leysin

De 5 a 10 de Março, fomos (eu e LP) para Leysin, para uma semana de ski organizada pelos Desportos Universitários. O preço era bastante atractivo tendo em conta que por uma semana incluia o hotel com pequeno-almoço e jantar, transporte de Genèeve a Leysin (que é a cerca de 2h, perto de Aigle, de Les Diablerets, de Lavey-les-Bains) e o passe para as estâncias de ski para uma semana.

Os jantares eram bem apresentados, cuidados, com entrada, prato principal e sobremesa (as bebidas – excepto a água – eram pagas à parte.

Foi bastante cansativo, no início sobretudo doía-me o corpo todo, depois parece que até ia doendo menos. As nódoas negras iam proliferando, mas continuava a ser divertido. Aprendemos no primeiro dia a levantarmos sozinhos (com os bastões). Levantávamo-nos todos os dias cedo: às 8h40 tinhamos de estar no local onde passava o autocarro, que em condições normais (sem equipamento de ski) se faria em dois minutos. E antes dessa hora convinha tomar o pequeno-almoço.

O nosso instrutor/monitor é estudante do 3º ano de Psicologia. Do grupo de débutant(e)s faziam ainda parte duas inglesas (muito fixes) – Aimee e Claire – que estudam “Direito e Francês” em Shefield (Inglaterra) e cujo curso tem como parte integrante fazer um ano num país/local francófono; um suiço, Antoine (um pouco estranho) e que no segundo dia passou para o grupo dos intermediários; e uma albanesa (a estudar e trabalhar há 5 anos na Suiça), a Sabina.

O Olivier (nosso instrutor, suiço, que aprendeu a esquiar aos 3 anos e era a primeira vez que dava aulas de ski) foi impecável, reforçava positivamente (“Goode jóbe” – ele fazia de propósito para dizer a expressão inglesa "Good job" com um forte acento francês), fartou-se de puxar por nós ("sache neige, sache neige!!!") e na 6ª feira já conseguíamos fazer uma pista vermelha. Começámos na verde (ou baby sloop), passámos para a azul (que eu continuo a preferir) e depois para a vermelha, só falta a preta (que eu não tenho vontade em experimentar – eu não sou muita adepta da velocidade, prefiro a velocidade “cruzeiro” ou de “passeio”, gosto mais de ir ao estilo zig-zag, slalom)... Na verdade, fizémos uma pista bem mais difícil, pois descemos por duas vezes um caminho que deve ser relativamente fácil de descer quando há neve. É uma pista que vai desde o cimo, na montanha, até uma tele-cadeira intermediária e que continua até à vila. Esse troço final estava vedado pois não havia neve suficiente. Como este ano foi fraco em termos de neve, a condição dessa pista era muito má em determinadas zonas, sendo extremamente difícil mesmo para esquiadores experientes. A dada altura eu só queria ir caindo, pois ao menos assim avançava alguns centímetros.

O LP no segundo dia, da parte da tarde, foi convidado para ir logo para a pista vermelha, pois ele evolui rapidamente na aprendizagem (há pessoal dotado: para o desporto e ainda para o que é intelectual e prático!). Ele chegou ao fim da pista completamente esgotado, pois ainda não estávamos preparados para algo assim. Há que relembrar que só tinhamos tido uma tarde e uma manhã de ski. O Julien e o Marc (monitores mais velhos e supervisores) estiveram o tempo todo com ele a incentivar e a ensinar, enquanto o Olivier estava com as meninas na pista azul.

Além de aprender a fazer ski, conheci pessoal simpático:

- Aimee e Claire: inglesas muito queridas e simpáticas.

- Martin: búlgaro, mas com nacionalidade suiça; também muito simpático e divertido.

- Ivan: búlgaro, mas com nacionalidade suiça; tirou medicina; muito divertido e queria ir sair todas as noites, era ele que anunciava para onde se ia depois de jantar no hotel; trouxe um carregamento de medicamentos ("para o caso de ser necessário...").

- Julien: dirigente dos Desportos Universitários; super-simpático; a fazer um doutoramento em Desporto; ajudou-me na 1ª descida que fiz na pista azul; arranjou um contrato bastante vantajoso para o aluguer de skis para os fins-de-semana e para os campos de ski (por 10 dias).

- Amyina: do Sri Lanka, viveu nos EUA; a estudar Ciências Políticas.

- Melissa: canadiana, viveu nos EUA, pais franceses; a estudar Ciências Políticas.

- Marc: dirigente dos Desportos Universitários; no primeiro dia quando chegámos foi bastante antipático; no 2º dia já foi bem simpático (é tipo cata-vento, não parece ter boas estratégias de regulação de emoções e depois é consoante a “maré”).

Ainda deu para ir sair um pouco à noite (pelo menos em três das noites em que nos aguentámos. Estivémos em dois bares diferentes; num deles a música era bem fixe e fiquei a conhecer uma cantora interessante, com sonoridades árabes (Souad Massi).

E como se já não fosse difícil aprender a andar com coisas atreladas aos pés, experimentámos praticamente todas as condições metereológicas possíveis e imaginárias para fazer ski: vento, sol, a nevar, neve tipo sopa (neve húmida/neve molhada), neve fofinha, neve gelada, gelo, zonas quase sem neve, zonas com dunas de neve, ... Acho que só faltou a chover.

Ah! E já não caio ao sair da tele-cadeira quando tenho os skis postos!

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Reunião estúpida

Depois de um mail estúpido por parte da Sylvia (a 10 de Janeiro) – o membro mais recente da equipa – em que ela se queixava de não ter espaço no disco do computador para gravar os seus dados e em que ameaçava apagar os dados lá guardados das experiências dos outros colegas, parece que surgiu a necessidade de fazer uma reunião de equipa. (Eu acho que às vezes um par de estalos ou um manual sobre como trabalhar em equipa ou como socializar podia ajudar, mas pronto, é só a minha opinião.)

A reunião de equipa surgiu quase dois meses depois (a 1 de Março), já um bocado descontextualizada. Focaram-se aspectos importantes, mas a maior parte acho que foi sobretudo para mostrar quem manda, quando na verdade já sabemos quem é o líder formal e quem são os líderes informais. Eu não gostei, fiquei com a impressão que o Nicolas e a Sylvia também não, e que para o Ralph não serviu de nada; quanto à opinião da Kerstin e do Michael não percebi. Acho que o próprio Guido percebeu que não devia estar a ser muito agradável porque ia dizendo “Eu sei que isto é muito alemão e directo, mas é assim...”. É como o LP diz: “São daquelas reuniões que o pessoal acaba por continuar a fazer como fazia antes e só servem para se enervarem naquele momento e estragar o resto do dia.” Pronto, acho que no fundo há uma boa frase que expressa o que senti:

A autoridade não se impõe, conquista-se.” – António Nóvoa

Ao que tenho a acrescentar que há alturas em que não há sequer necessidade de conquistar o que já está conquistado, aí está-se a massacrar. Também é verdade que eu nunca gostei de sermões, sobretudo quando são dirigidos para todos e para ninguém em simultâneo.

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