Monday, April 02, 2007

Semana de ski, em Leysin

De 5 a 10 de Março, fomos (eu e LP) para Leysin, para uma semana de ski organizada pelos Desportos Universitários. O preço era bastante atractivo tendo em conta que por uma semana incluia o hotel com pequeno-almoço e jantar, transporte de Genèeve a Leysin (que é a cerca de 2h, perto de Aigle, de Les Diablerets, de Lavey-les-Bains) e o passe para as estâncias de ski para uma semana.

Os jantares eram bem apresentados, cuidados, com entrada, prato principal e sobremesa (as bebidas – excepto a água – eram pagas à parte.

Foi bastante cansativo, no início sobretudo doía-me o corpo todo, depois parece que até ia doendo menos. As nódoas negras iam proliferando, mas continuava a ser divertido. Aprendemos no primeiro dia a levantarmos sozinhos (com os bastões). Levantávamo-nos todos os dias cedo: às 8h40 tinhamos de estar no local onde passava o autocarro, que em condições normais (sem equipamento de ski) se faria em dois minutos. E antes dessa hora convinha tomar o pequeno-almoço.

O nosso instrutor/monitor é estudante do 3º ano de Psicologia. Do grupo de débutant(e)s faziam ainda parte duas inglesas (muito fixes) – Aimee e Claire – que estudam “Direito e Francês” em Shefield (Inglaterra) e cujo curso tem como parte integrante fazer um ano num país/local francófono; um suiço, Antoine (um pouco estranho) e que no segundo dia passou para o grupo dos intermediários; e uma albanesa (a estudar e trabalhar há 5 anos na Suiça), a Sabina.

O Olivier (nosso instrutor, suiço, que aprendeu a esquiar aos 3 anos e era a primeira vez que dava aulas de ski) foi impecável, reforçava positivamente (“Goode jóbe” – ele fazia de propósito para dizer a expressão inglesa "Good job" com um forte acento francês), fartou-se de puxar por nós ("sache neige, sache neige!!!") e na 6ª feira já conseguíamos fazer uma pista vermelha. Começámos na verde (ou baby sloop), passámos para a azul (que eu continuo a preferir) e depois para a vermelha, só falta a preta (que eu não tenho vontade em experimentar – eu não sou muita adepta da velocidade, prefiro a velocidade “cruzeiro” ou de “passeio”, gosto mais de ir ao estilo zig-zag, slalom)... Na verdade, fizémos uma pista bem mais difícil, pois descemos por duas vezes um caminho que deve ser relativamente fácil de descer quando há neve. É uma pista que vai desde o cimo, na montanha, até uma tele-cadeira intermediária e que continua até à vila. Esse troço final estava vedado pois não havia neve suficiente. Como este ano foi fraco em termos de neve, a condição dessa pista era muito má em determinadas zonas, sendo extremamente difícil mesmo para esquiadores experientes. A dada altura eu só queria ir caindo, pois ao menos assim avançava alguns centímetros.

O LP no segundo dia, da parte da tarde, foi convidado para ir logo para a pista vermelha, pois ele evolui rapidamente na aprendizagem (há pessoal dotado: para o desporto e ainda para o que é intelectual e prático!). Ele chegou ao fim da pista completamente esgotado, pois ainda não estávamos preparados para algo assim. Há que relembrar que só tinhamos tido uma tarde e uma manhã de ski. O Julien e o Marc (monitores mais velhos e supervisores) estiveram o tempo todo com ele a incentivar e a ensinar, enquanto o Olivier estava com as meninas na pista azul.

Além de aprender a fazer ski, conheci pessoal simpático:

- Aimee e Claire: inglesas muito queridas e simpáticas.

- Martin: búlgaro, mas com nacionalidade suiça; também muito simpático e divertido.

- Ivan: búlgaro, mas com nacionalidade suiça; tirou medicina; muito divertido e queria ir sair todas as noites, era ele que anunciava para onde se ia depois de jantar no hotel; trouxe um carregamento de medicamentos ("para o caso de ser necessário...").

- Julien: dirigente dos Desportos Universitários; super-simpático; a fazer um doutoramento em Desporto; ajudou-me na 1ª descida que fiz na pista azul; arranjou um contrato bastante vantajoso para o aluguer de skis para os fins-de-semana e para os campos de ski (por 10 dias).

- Amyina: do Sri Lanka, viveu nos EUA; a estudar Ciências Políticas.

- Melissa: canadiana, viveu nos EUA, pais franceses; a estudar Ciências Políticas.

- Marc: dirigente dos Desportos Universitários; no primeiro dia quando chegámos foi bastante antipático; no 2º dia já foi bem simpático (é tipo cata-vento, não parece ter boas estratégias de regulação de emoções e depois é consoante a “maré”).

Ainda deu para ir sair um pouco à noite (pelo menos em três das noites em que nos aguentámos. Estivémos em dois bares diferentes; num deles a música era bem fixe e fiquei a conhecer uma cantora interessante, com sonoridades árabes (Souad Massi).

E como se já não fosse difícil aprender a andar com coisas atreladas aos pés, experimentámos praticamente todas as condições metereológicas possíveis e imaginárias para fazer ski: vento, sol, a nevar, neve tipo sopa (neve húmida/neve molhada), neve fofinha, neve gelada, gelo, zonas quase sem neve, zonas com dunas de neve, ... Acho que só faltou a chover.

Ah! E já não caio ao sair da tele-cadeira quando tenho os skis postos!

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