Monday, October 30, 2006

Já escureceu

São 17:30 e já está escuro, a lua no céu (que desde as 16.30 já foi subindo e se deslocando para a direita). Os gabinetes em frente estão iluminados, denunciando a sa ocupação – coisa que até há uns dias atrás não se notava.

Bem, o aspecto positivo do horário de Inverno é que neste fim-de-semana se dormiu mais uma horita (a tal que se volta a perder no Verão).

Tuesday, October 24, 2006

Séries

Isto de ver muitas séries tem algumas vantagens – apanham-se frases que dão que pensar e sempre se vai aprendendo alguma coisa.

Aqui ficam dois exemplos do que (ou)vi ontem:

“Curiosity: not great for cats but very good for cientists.”

in Numbers (s02e08 – In Plaint Sight)

“Aristóteles once said that “infinity [] is the lack of limitation”, which I suppose can be a definition of evil.”

in Numbers (s02e08 – In Plaint Sight)

Depois da tempestade vem a bonança

Ontem à noite choveu, trovejou, relampejou, foi uma barulheira. Hoje está um dia bem bonito, límpido e claro. De manhã ainda estava cinzento, mas à tarde ficou pacífico e sereno, com cores bonitas.

A Filipita tem razão, o azul do céu daqui é diferente do de Lisboa, mais azul, mais intenso. É fantástico; as tonalidades que vai adquirindo fazem inveja à palette de cores de um pintor cromaticamente bem guarnecido.

Agora, com o final do dia e o cair da noite, algumas nuvens cinzentas começam a voltar.

Outono

Ora aqui estão umas fotos para alegrar o Ruben (assim o espero). O Outono coincide com uma época em que o pessoal começa a ficar mais “murcho”, com o encurtar dos dias, o aumentar das noite, o regresso do frio e chuvas e vento... Não é por acaso que existem as depressões sazonais, assim como o tempo varia também varia o nosso humor. Mesmo assim, há sempre um outro aspecto (qualquer que seja a situação), neste caso, um aspecto mais positivo que é o pensar que este murchar é necessário para permitir o renascimento que surge na Primavera e que mesmo assim, o tombar da luz veraneante (e consequente, menor boa-disposição) permite colorir a paisagem de forma diferente. Sei que em Portugal é mais difícil notar esta diferença de cores, sobretudo se se vive na cidade, mas por aqui é fantástico! Por enquanto deixo umas fotos que encontrei no google e que achei bem bonitas, cheias de energia positiva, para partilhar. Espero adicionar algumas das fotos que tirei em Genéve, para ilustrar o laranja, vermelho, ocre que precedem o branco e cinzento em Genève.


Fotos coloridas para dar novas tonalidades e alegria ao cinzento dos húmidos dias que se fazem sentir em Portugal (região Lisboa).









Talvez não tenha sido por acaso que nasceste no Outono. Considero que és corajoso e revolucionário, que gostas de ensinar e partilhar o conhecimento que vais adquirindo ao longo da vida. Infelizmente, nem todos estão ainda preparados para determinadas visões da realidade e preferem viver em ilusões mais confortáveis. Acho que, num primeiro embate, tu podes ser considerado como um Outono, que vem mudar a paisagem de Verão idílica em que muitos preferem continuar a viver. No entanto, a transformação é necessária, mesmo que por momentos (meses) pareça que fica tudo mais feio, mais triste (e às vezes fica mesmo), mas que é o que permite haver um tempo para regenerar, para o voltar do que é belo, novo, fresco. Assim, o Outono (como qualquer outra estação do ano) tem um papel primordial e insubstituível para a homeostasia da Natureza (aquela da fauna e flora, mas talvez também para a natureza Humana).

Tubarão

Ontem vi um tubarão [bem quando publico este texto e o completo já não foi ontem, mas sim na passada 4ª feira]... Ia eu ter com o LP e o Sérgio à Faculdade deles, para nos irmos inscrever no curso de alemão (eu e LP, porque o Sérgio teve alemão na Escola, pois é uma das línguas oficiais da Suiça), quando passa por nós um tubarão montado numa bicicleta! Era um tubarão feito em papier-mâché (ou algo desse género) e estava a ser transportado numa bicicleta, por duas raparigas. Tinha um lacinho rosa em cima e pensei que fosse uma máscara ou algum trabalho de faculdade ou uma prenda para algum amante de tubarões (há malucos para tudo).

A dúvida dissipou-se quando no dia seguinte vejo uma notícia no jornal (no Le Matin Bleu) em que figura o tal tubarão (requin, em francês)! Foi uma oferta, mas para o reitor da Universidade! Uma forma engraçada de protesto, elaborada pelos estudantes como forma de protesto à censura executada pelo novo reitor sobre um site de responsabilidade estudantil.

« Le site du syndicat des étudiants censuré!

UNIVERSITÉ. Parce que leur site Internet hébergeait depuis le mois d’août un commentaire satirique soi-disant signé de Ruth Dreifuss, le recteur de l’Université, Jacques Weber, l’a fait fermer du 6 au 10 octobre. Fin septembre, le rec­torat et Ruth Dreifuss avaient de­mandé au CUAE (Conférence Universitaire des Associations d’étudiants) de retirer ce com­mentaire. Cette lettre, publiée sur le forum du site, fait référence à la Commission chargée de restruc­turer l’Université. Elle attribue à l’ancienne conseillère fédérale les propos suivants: «Quoi que nous proposions nous serons accueillis comme le Messie, (…). Laisse donc ces gens qui veulent de la politique partout et qui croient que l’Université est un lieu d’ap­prentissage et de recherche. Quelle blague!». Tamara Katz, membre du comité du CUAE, explique: «Il est inimaginable que des gens aient pu croire que cette missive venait de Ruth Dreifuss elle-même. C’est de la censure pure et simple.» Les étudiants ont alors mentionné sur leur Forum que Ruth Dreifuss n’était pas l’auteur de cette lettre, ce qui n’a pas suffi au rectorat: «Pour nous, c’est une violation de la déontolo­gie sur l’espace Internet de l’Uni­versité », dit Stéphane Berthet, se­crétaire général de l’Uni. Les étu­diants ont obtempéré pour garder leur site ouvert. Mais hier soir, ils ont montré leur désaccord en dé­cernant au recteur Jacques Weber le «Prix de l’apprenti requin» lors d’une séance du Conseil de l’Uni­versité.

Sarah Pernet

Hier soir, des étudiants ont remis au recteur Jacques Weber le "Prix de l’apprenti requin". N. Merckling »


[A senhora de cabelo branco é a vice-reitora, prof.ª no Departamento de Psicologia e que é a orientadora de tese da Judith – colega do gabinete que fica dentro do meu.]

Porque não logo uma caixa com vários chocolates?

Uma das coisas que me fazia alguma confusão era não perceber porque é que os meus colegas (a Kerstin e o Nicolas) que geralmente vão sempre comprar qualquer coisa doce (tipo chocolatinho) para comer depois de almoço, não compravam logo uma caixa grande em vez de todos os dias gastarem muito mais a comprarem um a um os chocolates. A semana passada sugeri a ideia que acima mencionei. Responderam-me que não o poderiam fazer, pois comeriam logo tudo de uma vez!

Ainda lhes sugeri que eu poderia ficar encarregue de guardar a caixa (pois eu consigo não comer logo todos, acho que me enjoo mais rapidamente que eles), mas mesmo assim, para eles a tentação seria grande... No entanto, no outro dia estavam a reconsiderar esta hipótese – quem sabe se futuramente eu não terei uma função importante tipo “tesoureira do chocolate”! É um poder enorme possuir um auxiliar de regulação dos humores – neste caso, o chocolate, que potencia a sensação de bem-estar (logo facilita o humor positivo, que como ando a estudar facilita o desempenhar as tarefas com aplicação de menos esforço, isto é, com menos actividade cardíaca envolvida). E é assim que se começa, lentamente, primeiro como “guardiã do chocolate”, depois quem sabe! Ah ah ah (riso maléfico, enquanto esfrego as mãos, uma sobre a outra, de forma maquiavélica) :P

Semelhanças e saudades

Ando com saudades dos meus primos. Ontem o rapaz que me explicou como me inscrever na Associação de Estudantes e me ofereceu uma agenda fez-me lembrar o David. Acho que foi o olhar terno, profundo e, simultaneamente, tímido. A estatura, olhos claros e tipo de cabelos também correspondiam. O amigo americano da Maria fez-me lembrar o Duarte. Deve ter sido também pela aparência física (estatura, cabelos mais compridos encaracolados, olhos claros) e pela postura reservada, enigmática, e olhar perscrutador, perspicaz, tenaz, convicto. Ainda não vi quem me fizesse lembrar o André – talvez por me cruzar menos com pessoas da faixa etária dele.

Acho que as pessoas com quem me cruzo são um bom indicador das saudades que vão atacando… Por exemplo, lembro-me várias vezes do Daniel (quando num dia parece que me farto de cruzar com rapazes altos, de olhar meigo, tímidos), lembro-me também do Zé (quando me cruzo com uma cabeleira masculina encaracolada, com aqueles caracóis tão típicos dele), da Marta T. (raparigas de cabelo curto, irreverente, forma de falar, tipo de roupa, forma de estar); Marta Di. (alguém com quem me cruzo e que me parece ela, alguém cuja forma de vestir – cores – me faz relembrar a Martita); quanto ao Dinis, foi numa série de tv uma personagem cuja expressão espelhava a do Dinis. Enfim, estes são apenas alguns exemplos… Acho que relativamente a pessoas com quem vou comunicando mais (família e alguns amigos) não é tão frequente acontecer, ou não tão persistente. É que há dias mesmo engraçados em que é praticamente um dia dedicado a uma pessoa, ou seja, em que há várias pessoas e/ou situações que me fazem ter mais presente alguém que na realidade está fisicamente ausente (mas de quem sinto falta).

Acho curioso, as estratégias que vão surgindo para colmatar as saudades.

ThinkExist.com

Ai que contente que estou com o ter adicionado os pensamentos que vão mudando todos os dias – é do melhor! Vão aparecendo frases bonitas :)

Linguagem dos “pês”

A (curta) estadia da Maria por Genève foi bastante boa. Além de ela ser uma contadora de histórias nata, atraí muitas pessoas e logo mais histórias e situações caricatas e hilariantes.

Outra das suas características é ser fluente em linguagem dos “Pês” (entre outras), linguagem essa que eu nunca dominei.

Aqui fica uma resumida explicação, que pode não estar de todo correcta, pois foi feita à posteriori, com base do que eu me lembrava da explicação dela:

- dividir palavra em sílabas,

- depois em cada sílaba substituir por “p”, se a sílaba começa por consoante ou adicionar um “p” à vogal se no final:

Ex.: JOANA

JO A NA à JOpoApaNApa

Se alguém tiver mais conhecimento deste dialecto, não se faça rogada(o) – toda a contribuição para adifusão e partilha de conhecimento é bem vinda!

Friday, October 13, 2006

Nada se perde

Não é a propósito da máxima de Lavoisier sobre a lei da conservação da matéria (“Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.”) que escrevo este post (mas bem que podia ser). O título do post deve-se a um e-mail que recebi (da minha mãe) com um excerto do Miguel Sousa Tavares:

"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Miguel Sousa Tavares

(Escritor português, a propósito da perda de sua Mãe,

a escritora e poetisa Sophia de Mello-Breyner)

Subscrevo, fazendo apenas a ressalva que a ilusão de posse e eternidade (se é que alguma vez as tive) não as tenho, pelo contrário: vou mantendo a realidade da efemeridade.

World's most and least expensive cities

http://money.cnn.com/pf/features/popups/costofliving/popup05.html

Nunca percebo bem como chegam a estes resultados... Se for pelo preço do McDonald's como já uma vez ouvi num dos estudos é completamente absurdo, ora vejamos: aqui, em Genève um Menu Médio (que aqui se chama “petit”) não chega ao dobro (cerca de 10chf = 6,30€) do que custa em Portugal (cerca de 4€), mas o salário mínimo aqui é (consideremos que é*) 2000€ e é 385€ em Portugal. Humm, não é preciso ser um génio a matemática para ver que é quase cinco vezes mais!! E muito menos génio para perceber que se ganhas 5 vezes mais e as coisas custam apenas o dobro (se tanto, e na maior parte das vezes até é igual ou menos em termos absolutos) logo, comparativamente, Portugal é um país muito mais caro, com um custo de vida muito mais elevado e, consequentemente, com uma qualidade de vida inferior!

* Refiri “consideremos que é”, pois na Suiça não há salário mínimo fixo! As coisas que se descobrem quando pomos o nosso “gestor financeiro, entendido em computação, Google e afins” a pesquisar:

http://fr.answers.yahoo.com/question/index?qid=20060731024657AAFWkyF

y a t il un salaire minimum en Suisse pour un français?

Il n'y a pas de smic comme en France...

Donc tu peux tomber sur tout ou n'importe quoi.

Mais je crois que 3000CHF brut, soit environ 2000€ est un salaire de base... Avec ça, tu as un pouvoir d'achat un peu plus grand en Suisse qu'avec un smic en France...

Je vois déjà les amis francais broncher... mais ici on est à 42h pas 35! Donc le salaire à l'heure doit etre à peu pres pareil en terme de pouvoir d'achat... voir plus faible...
Apres, attends toi à des dépenses supplémentaires comme l'assurance maladie...

Thursday, October 12, 2006

Portuguese Journal of Social Science

Lá fiquei eu toda contente ao descobrir numa mesa, no patamar das escadas que fica entre dois pisos, um folheto que dizia “Portuguese Journal of Social Science”, pensava eu que a produção nacional científica começava a fazer-se ouvir (ler) no estrangeiro!

A desilusão foi grande quando descubro que a maior parte do “quadro editorial” não tem um único português, e que até no “comité editorial” está um estrangeiro (mas, vá lá, conseguiram arranjar quatro marmanjos portgueses, quatro, não cinco, porque para o quinto teve de ser um anglófono!). Mas como se isto não bastasse, o formulário de encomenda, refere que o pagamento é feito em libras – ora bem, Portugal (e maior parte da União Europeia) = euros; Inglaterra = libras... Humm... vamos lá ver outra vez: Portugal = euros; Inglaterra = libras... Pronto, ok, percebe-se, a editora é inglesa! Lá conseguiram arranjar um “editor” português (um prof. do ISCTE) e assim podem chamar-lhe “revista científica portuguesa”! Será que deu para sacar umas massas à União Europeia com isto? Talvez tenham usado as que os portugueses não usam para divulgar a sua cultura, investigação, conhecimento...

Déjà vu

Frase de um amigo turco da minha amiga multi-cultural Maria ao tentar dizer que tinha tido um déjà vu:

«This remind me of someone, somewhere, doing something.» [acrescentar pronúncia carregada turca]

E quem fala assim não é gago.

Friday, October 06, 2006

Outro como eu...

Eu também reconheço que tenho uma noção de tempo muito idiossincrática …

Almoços

No ínicio da semana foi a carne assada a 12chf (e foi na cantina da Faculdade!), mas pronto como lhe chamam “rôti de porc” deve ser isso que tem valor acrescentado... Ontem foi batatas gratinadas, praticamente cruas, ou como lhe chamou a Kerstin “al dente” – que estavam a acompanhar o tomate e meio pimento guarnecidos de carne picada. Começo a perceber a migração alimentar que a Tanja W. uma vez descreveu: “no incio (1º ano) almoças pela Faculdade; no ano seguinte começas a fartar-te (enjoar) e a procurar os restaurantes/sanduicherias/cafés que circundam a Faculdade; finalmente acabas por trazer a maior parte das vezes a comida de casa”.

P.S.: Iupi! Hoje foi relembrar os tempos na Cantina Velha, da Universidade de Lisboa, com uma omelete e batatas fritas. Ok, a omolete era apenas de “fines herbes” e não de queijo e fiambre ou de delícias-do-mar, e também faltou o arroz a acompanhar as batatas fritas* (só se tinha direito a um acompanhamento/”garniture”) mas pronto, serviu pela lembrança de bons tempos.



* Parece que ideia de pôr batatas e arroz como acompanhamentos, para o mesmo prato, é algo que não é muito comum por aqui. Ainda me lembro da primeira vez que, tendo direito a dois acompanhamentos e havendo vários à escolha, escolhi os mencionados acima. A cara do senhor que me atendia foi de surpresa, como se fosse algo do outro mundo e fez-me repetir o pedido – deve ter pensado que não tinha ouvido bem.

Thursday, October 05, 2006

Kryptonite

Era assim que me andava a sentir, como o Super-Homem na presença da Kryptonite – aquela rocha que lhe retira os poderes. Andava murchinha, em baixo, com a ideia que não ia conseguir arranjar inspiração a tempo de acabar o Projecto de Tese, ... enfim a sentir-me parva (pequenita e insignificante). Talvez seja para dar este “tempo” e “inspiração” que eles dão um prazo de ano e meio, mas eu tenho um prof. alemão e despachado (felizmente, vendo bem) que antes de passar um ano, já acha que devo apresentar o Projecto e os primeiros resultados da primeira experiência. No fundo ainda bem, porque eu trabalho mais (e talvez melhor) com prazos e sob alguma tensão. Talvez a falta de hábito tenha adicionado o stress (o distress, ou seja, o stress maligno – como é definido pelos anglosaxónicos –, que não ajuda a produzir nem a concentrar). Mas hoje sinto-me com forças renovadas: umas horas de sono ajudam, assim como o Projecto já entregue ao Prof. para correcção e o poder voltar a escrever no meu blog.

P.S.1: E a ver se à noite ponho já uns telefonemas em dia :)

P.S.2: Ah! Obrigada pela forcinha e motivação – LP e mãe! (É que uma coisa é andar a estudá-la – a motivação e a mobilização de recursos – outra é praticá-la...)

Sunday, October 01, 2006

Tuna da Faculdade de Medicina do Porto

Sim, ‘tugueses! Uma Tuna portuguesa em Genève. Foi por altura de Abril que ouvimos um som familiar e inconfundível. Estávamos na “rua das lojas” (conjunto de três ruas, em linha recta, ladeadas de lojas), a prepararmo-nos para ir ao cinema. Mas tal como as crianças da história foram “hipnotizadas” pelo Flautista de Hamelin, também nós fomos seguindo a música até chegarmos à Tuna da Faculdade de Medicina do Porto (tuna masculina). Estavam a tocar na rua, como forma de compensar a sua digressão por alguns países do centro da Europa e também para angariar dinheiro para a Tuna. Foi muito giro, sobretudo porque fomos cumprimentados como já não estávamos habituados: com dois beijinhos, para mim, um aperto de mão e abraço para o LP. È que por cá, o pessoal estende logo a mão para cumprimentar, mesmo entre raparigas. O contacto físico mais próximo fica reservado para quando as pessoas já se conhecem melhor. Quando comentei com a minha mãe, ela explicou-me que assim, com um aperto de mão, foi como ela aprendeu que devia ser, que é como se deve fazer em termos de etiqueta. No fundo tem alguma lógica. Para mim foi uma surpresa, pois não estava mesmo nada à espera, visto que os últimos conhecimentos tinham tido o aperto de mão como introdutor e não os familiares beijinhos na face. Claro que também dá para perceber porque por aqui se inicia com o aperto de mão, é que não são apenas dois beijinhos, mas sim três (vá-se lá saber porquê!)!. Ao menos não são quatro, como acontece em algumas regiões de França. Foi uma surpresa boa, ter compatriotas a espalhar música pela cidade chuvosa e cinzenta.

A música das Tunas também esteve presente em Portugal, em Portimão, aquando das férias. A Tuna feminina de Medicina do Porto (coincidências…) estava de férias e também a aproveitar para angariar fundos para a Tuna.

Bancos

A primeira vez que fui a um banco, para abrir a conta, para me depositarem o ordenado, fiquei muito bem impressionada. Após passar a recepção, enviaram-nos para uma zona de espera (tipo sala de espera, mas em open space). Após alguns minutos veio um rapaz novo (parecia ser da minha idade), com um estilo desportivo, e bastante simpático que nos levou até ao seu “gabinete” (uma das divisões do open space). Foi impecável, rápido, eficiente e atencioso. O LP explicou-me que eles escolhem o gestor de conta de acordo com o perfil da pessoa que vai abrir a conta. Quando ele abriu a conta ele ia mais “arranjadinho” (menos informal) e a responsável pela conta dele foi uma senhora mais velha e com um ar mais “profissional”. Resumindo, aqui somos bastante bem tratados, independentemente da nossa idade, da nossa forma de vestir (mais ou menos formal) e do número de zeros na nossa conta (que em Portugal se pressupõe que tenha um número inteiro a precedê-los). Ah! E ser estudante tem bastantes vantagens e benefícios!

Por enquanto a chuva…

Para quando a neve?

Foto tirada no dia da aventura da condução na neve,
na zona de St.Croix, onde é a casa do David

* Fotografia

Acho que a fotografia é importante por nos conseguir mostrar aspectos que podem passar despercebidos à primeira vista. Ao capturarem momentos, podem servir como óptimos auxiliares de memória – pelo menos, mais fiáveis que aquilo que guardamos no nosso cérebro como real. São ainda instrumentos terapêuticos originais. Isto sem contar como objectos de decoração. No entanto, considero que são sobretudo, expressões de emoção.