"Epá!"
Não, não vou falar do gelado que fazia as delícias da nossa infância (tinha – e ainda tem – pastilha e tudo!).
Neste post vou colocar um mail que me foi enviado pelo Matteo – um amigo italiano que adorou Portugal (a praia, o mar, a gastronomia, …) e que depois de se ter apaixonado por tão belo “cantinho à beira-mar plantado” durante a estadia de uma semana para uma conferência, resolveu que tinha de voltar para umas férias de um mês! Até aprendeu a falar português em cerca de 2 meses! A paixão tem destas coisas ;) Claro que facilita ele ser uma pessoa inteligente e ter grande apetência e competência para as línguas :P.
Acho que o e-mail dele* e a forma como ele descreve a situação são bastante elucidativos.
*Nota: A estrutura foi mantida e só foram corrigidos erros de dactilografia. As outras pequenas incorrecções de Português deixei de propósito – acho que é mais genuíno e também mostra como a nossa língua soa a estrangeiros J.
-----Message d'origine-----
De : Matteo
Envoyé : jeudi, 20. avril 2006 11:24
Objet : Epá!
“Ainda parecia-me esquisito quando, depois de escrever um mail ao Hôpital Cantonal para pedir uma info recebi uma RESPOSTA (em Itália nunca acontecía...), mas hoje os suiços passaram-se mesmo.
No dia 14 de Avril escrevi um mail ao CFF (os comboios suiços) para queixar-me que, quando comprei o bilhete para a Maja vir para a Itália, o site disse-me que tudo estava pago pelo meu cartão, mas de facto eles nunca tiraram o dinheiro daí e a Maja teve q pagar o bilhete no Cornavin [estação de comboios central de Genève – Gare de Cornavin].
Bem, hoje de manhã o telemóvel tocou (número "witheld") e era um homem com um claro acento alemão mas que perguntou-me se eu prefería falar italiano e depois FALOU ITALIANO mesmo se era difícil para ele.
Disse que queria mais detalhes sobre o problema do mail. Eu expliquei, e chegamos à conclusão que, como eu tinha escolhido de ir buscar o bilhete na estação, o site não devería pedir para o cartão, pois paga-se direitamente aí.
Disse que vão mudar isto no site quanto mais cedo for possivel e perguntou-me se a coisa foi causa de problemas financiarios para mim, que eles pudian pagar-me o que eventualmente tinha perdido por causa disto.
Pá, vão mudar. Tu encontras um problema, escreves um mail à sociedade dos comboios nacionais, e eles mudam...
Sem palavras.”