Produtividade
Ai se a produtividade profissional se medisse em contactos efectuados!
Estou na Faculdade desde as 8:30. Vim para assistir à defesa de tese da Tatjana (cujo ensaio já tinha assistido na semana anterior, 6ª feira, para dar opinião). Depois da apresentação da tese dela – que correu muito bem, em que ela se emocionou no fim ao agradecer à família (pais estavam presentes), namorado (que não esteve presente por estar doente), amigos e profs. – houve um apèro, preparado sobretudo pela Kerstin. Foi bonito e agradável. Foi considerável o número de pessoal que veio assistir tendo em consideração que foi tão cedo, mas os amigos são para estas ocasiões. Perguntava o Michael se havia café no apèro, ao que lhe respondi que não, que havia vinho e o que é que ele esperava, eram 10h da manhã só podia haver vinho! Pronto, felizmente, também havia sumo, mas nada de café.
O apèro foi muito frutífero em termos sociais. Estive um bom bocado a falar com a Sylvia e o Michael, em que falámos das diferenças culturais entre profs. alemães e francófonos. Segundo o Michael, os profs. alemães falam muito menos dos aspectos positivos e concentram-se nas questões, nas críticas; se um alemão não disser nada é porque está ok, ele falará mais facilmente quando faltar algo ou houver alguma alteração a fazer ou a sugerir. Os profs. francófonos (ou que já cá estão há muuuuuuuiiiiito tempo), falam bastante mais dos aspectos positivos, colocam questões bastante vagas, permitindo que a pessoa se safe mais facilmente sobretudo se falar muito, e dificilmente criticam. Devem ser aspectos reminiscentes da cultura específica de dois povos diferentes: os alemães são considerados mais rudes, não tão educados, talvez por não terem tantos rodeios. Os francófonos, gostam de andar às voltas, de reflectir muito sobre algo antes de o realizar, de considerar diferentes opções, não gostam do confronto e oposição directos. Um pouquinho de cada seria o ideal! O apèro foi também produtivo em conhecer novas colegas: a Anna e a Nelle. Ambas vieram falar comigo, meter conversa, que habitualmente começa com o típico “De onde vens?/De onde és?”. Foi engraçado. Depois foi ajudar a arrumar as coisas e ir, já atrasados (Martjin, Nicolas e eu; Kerstin decidiu ficar mais tempo com Tatjana e os pais dela) para a conferência de Paul Harris – o seminário semanal, promovido pelo CISA.
Após o seminário, o Martjin e (logo de seguida) o Tobias sugeriram irmos beber um café, no bar da Faculdade. Juntámo-nos a pessoal do CISA que já estava a ocupar a maior parte de uma das mesas grandes. Aí travei conhecimento com um novo colega, com o qual já me tinha cruzado nos seminários e no CISA – o
Ao voltar para o gabinete, ia começar a tentar fazer algo, quando aparece o Michael a dizer que não tem nada para fazer e que não vale a pena começar nada, porque daí a 30 minutos tem de se ir embora, apanhar o combóio (ele mora em Renan, nas montanhas, a cerca de 2h de combóio daqui). O Nicolas sugeriu irmos beber um café. E lá fomos buscar uma bebida à máquina do 3º piso. Ficámos mais um bocado à conversa. O Nicolas acabou por ir apressado acabar mais umas análises (trabalho); eu fiquei um bocado mais com Michael e Kerstin, a mostrar-lhes o meu livro de Alemão (o de leitura e exercícios). Apareceu o chefe, com um aluno que tinha umas dúvidas, ainda lhe arranjei uns artigos sobre manipulação de humor e emoções através da música.
Depois ao ir “aux toilettes”, cruzei-me com a Anna, e lá estivémos à conversa mais um bocado; mostrou-me o gabinete, ofereceu-me um chocolate; falou do trabalho anterior dela
Agora com tanto material de escrita e para pôr em dia no blog, e já que a concentração não estava a ser muita (isto é um eufemismo, como é óbvio), dediquei-me à prosa dos posts. Bem, amanhã tenho de compensar a sério, em termos de trabalho.
É bom ter estes dias bastante pró-sociais. De certeza que o “big boss” (o meu prof.) não deve achar o mesmo, mas ele é alemão – o que significa que é muito mais centrado no trabalho.
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