O botão
Ontem quase que perdi o botão do meu casaco. Ele caiu, mas houve uma senhora altruísta que veio atrás de mim para o entregar. A senhora (já de idade avançada) deu-se ao trabalho de vir atrás de mim, a tentar chamar-me a atenção (mais através de sons – “iu u”, “Hei”, etc. – do que por palavras) para me entregar um botão que ela própria considerou bem bonito e que seria uma pena perder. Ora pode-se ver como esta senhora foi simpática: reparou que o botão me caiu, reparou que era meu, deu-se ao trabalho de se baixar para o apanhar (o que até lhe deve ter sido difícil), e ainda veio um bocado atrás de mim, para entregá-lo! Felizmente que embora o altruísmo não seja uma estratégia estável evolutiva* existem pessoas que o continuam a praticar.
* Isto é, “fazer bem sem olhar a quem” não é algo que favoreça a continuação da espécie, bem pelo contrário. Felizmente que nem tudo se resume a normas biológicas nem a normas sociais, havendo espaço para a genorosidade, criatividade, espontaneadade... e outras/os “...dades”.
[Esta da “estratégia estável evolutiva” ouvi num dos seminários do CISA, e pronto, acho que devo fazer uso do que vou aprendendo. Quanto ao altruísmo também já foi referido em diferentes seminários. Há que por as ideias a circular.]
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