Friday, November 10, 2006

Bowling – o de há 3 semanas...

Na 6ª feira 20 de Outubro, fui até ao Bowling com os meus colegas a La Praille (o Centro Comercial aqui da zona, quase já fora de Genève). A ideia partiu da Tanja B. que gostava de juntar o pessoal como forma de despedida, pois o Anders (o marido dela) e o Samuel (o filho de um ano e pouco) iam partir na 3ª feira seguinte para a Suécia e ela juntar-se-ia a eles daí a duas semanas. Outro objectivo do encontro era finalmente eu conhecer a Micaela (namorada portuguesa do Tobias). O LP acabou por não ir, porque estava demasiado cansado.

Quando comentei com o Sérgio, pois fui jantar antes com ele e com o LP, ele achou estranho levarem um bebé para o bowling, onde há muito barulho. Incrivelmente, o Samuel dormiu a maior parte do tempo! Chegou a dormir no carrinho e assim continuou quase até ao fim das nossas duas partidas de bowling.

Jogámos em duas equipas: Tanja B., Anders, Mathieu e Etienne numa; Kerstin, Micaela, Tobias e eu noutra, tendo o Nicolas se juntado a nós, na segunda partida (pois chegou mais tarde). Os mais “pros” são o Mathieu, Etienne e Nicolas, mas o Anders também é bastante bom. Eu e a Micaela também ficámos bem classificadas (como ela dizia “Portuguese power!”).

Gostei da Micaela, sobretudo porque ela tem consciência clara do estatuto elevado, demasiadamente elevado, com demasiado poder que os médicos gozam em Portugal – sendo ela médica, talvez não esperassse ter sido ela a abordar assim o assunto. Tem também uma visão acutilante das nossas particularidades culturais enquanto portugueses. Ela estudou Medicina no Porto, onde viveu 7 anos, embora seja de Viseu. Veio para Genève tirar a especialidade de Psiquiatria e como ela dizia, só ela e outro “maluco” do ano deles é que resolveram continuar os estudos no estrangeiro (o colega está em Londres) – realmente só sendo doidos é que saem de Portugal onde são tratados como reis e senhores, o que não acontece por exemplo na Suiça. Ela escolheu a Suiça, porque tinha cá o namorado no CERN (sound familiar?...), mas que antes dela vir acabaram. Como a candidatura para a especialização em Medicina deve ser feita com muita antecedência e a dela já tinha sido aceite, resolveu vir na mesma. Está cá há dois anos. Tem cá família (primos e tios). Disse que o primeiro ano foi mesmo muito difícil, mas que agora está bem e contente. Ela é bem-disposta e divertida, muito despachada e faladora. Gostei também da relação dela e do Tobias, têm uma relação bonita os dois; sendo ela claramente mais esfusiante.

Com a multi-culturalidade presente, foi muito divertido. Lá deu para trocarmos aprendizagens e aprender palavras de alemão, enquanto se ensinavam palavras de português. O Tobias passou a chamar-me “Joaninha”, pois ouviu a Micaela a referir-se a mim assim; a Kerstin referiu que afinal não diziam bem o meu nome e que afinal era “Juana” e não “Jóana”.

Depois das partidas de bowling e do Samuel ter acordado (coitadito quando acordou continuou quieto e caladinho no carrinho, com um ar muito pasmado, do género: “Onde estou? Onde é que vim parar? E... onde estão os meus pais?”), resolvemos ir até um bar. Ainda ficámos um bocado a decidir para se onde ía, e lá fomos nós. Resolvi ir a pé com a Micaela, Tobias, Tanja, Anders e Samuel, embora houvesse duas boleias de carro disponíveis – mas assim dava para pôr a conversa em dia com a nova amizade e com o Anders e Tanja que são simpáticos. O percurso foi temperado com chuviscos e bem regado com anedotas dos diferentes países: Portugal, Alemanha e Suécia. Claro que no meio da galhofa, virámos onde não devímos e voltámos ao ponto de partida! Demorámos uma hora para fazer o percurso até à zona de Plainpalais onde ficava o bar que tínhamos combinado (o Café de L’Espoir, que agora se chama Le Cabinet). À chegada à Uni-Mail (que ficava no caminho e onde a Tanja tinha de ir buscar um iogurte ao gabinete), a Micaela e o Tobias resolveram seguir para casa, pois já estavam cansados. Ficou combinado um jantar para breve, com bacalhau e muita conversa.

A Tanja, Anders e Samuel também iam para casa e eu ainda fui ter com a Kerstin, Nicolas e Mathieu ao tal bar. Depois de ter andado um bocado às voltas, lá dei com o sitio. Ainda lá fiquei quase uma hora, tendo o Mathieu ido embora entretanto. Eu e a Kerstin também acabámos por ir, seguindo direcções diferentes e meios de transporte diferentes (ela de bicicleta, eu a pé, porque às 2h já não há transportes públicos – bem, haver até há, mas não sei bem qual é a frequência). Como até gosto de andar a pé e a cidade é segura, lá foi mais cerca de 30 a 40 minutos a pé até casa.

Foi uma noite divertida e passada em boa companhia em que também me fartei de andar a pé!

0 Comments:

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home