Definição de Avó
Ora aqui está outro mail que achei que devia partilhar (também foi enviado no dia 19 Maio, embora só agora tenha terminado o texto que queria pôr como epílogo).
"Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros.
As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali.
Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas.
Nunca dizem "Despacha-te!". Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos.
Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior.
As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes.
Quando nos contam historias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes.
As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo.
Não são tão fracas como dizem, apesar de morreram mais vezes do que nós.
Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver Televisão".
Acho que esta definição de avô está muito boa, pelo menos é assim que acho que as avós deviam ser. Eu nunca tive muita oportunidade de conhecer os meus avôs e avós (e a minha irmã ainda menos)… O meu avô paterno (Manuel) faleceu quando eu ainda era bebé; o meu avô materno (Pedro) ainda foi com quem houve contacto por mais tempo, pelo menos, pelo Natal e foi o que faleceu mais tarde, há uns anos. Quanto às avós: não tive muito contacto com a minha avó paterna (Laurinda); o que sei dela sei-o sobretudo pela minha tia Cila, pela minha mãe, e raramente pelo meu pai. Lembro-me de a ir visitar a um lar em Barcelos (lembro-me bem de apenas de uma vez, mas sei que fui mais). Relativamente à minha avó materna (Luísa) acho que é de quem guardo recordações melhores; ou pelo menos em que sinto que houve uma proximidade maior, embora ela tenha tido um AVC grave quando eu tinha cerca de 6 anos (acho eu, ou terá sido antes?) e tenha vindo a falecer dois ou três anos mais tarde. Lembro-me que foi ela que me ensinou a ler (pelo menos ensinou-me as letras na famosa “Cartilha Maternal”) e a escrever o meu nome: Joana. Lembro-me também que foi ela que me ajudou a refazer um jogo cujas peças tinham “desaparecido” (uma rapariga que costumava ir brincar comigo ia levando algumas peças…) – reconstruímos os cartões com pedaços de tampas de iogurte. Lembro-me também do que ela me dizia quando eu ia a casa dela e queria trazer os bonecos que tinham pertencido à minha mãe e tia: “É melhor eles ficarem aqui. Assim da próxima vez que vieres eles estão cá para tu poderes brincar com eles.” Era um bm argumento, embora não me convencesse completamente (sempre fui um bocado difícil para ser persuadida). À parte desta ideia (que até tem lógica) nunca percebi bem porque ela queria manter lá os bonecos… Talvez fosse uma maneira de ter as filhas mais perto, ou pelo menos a recordação delas em pequenas? Bem, não sei… Só sei que mesmo numa era com televisão e computador (rádio, telemóvel, mp3, iPod, etc.) acho que as avós (e avôs) continuam a fazer falta.
P.S.: A minha mãe deu-me umas informações mais detalhadas (sobretudo em relação às datas): a minha avó teve o AVC quando a minha irmã tinha 5 meses e eu 5 anos. O AVC deixou-a bastante incapacitada e sem fala. Veio a morrer de cancro da pele, três anos depois.
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