Friday, December 22, 2006

Boas festas!

Por falar em “época natalícia”, aqui ficam os meus votos de Boas Festas (enfim, de um Feliz Natal e de um Próspero Ano Novo), em boa companhia!

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Grrr...

Os dias que antecedem a partida para férias são sempre caóticos! Se a isto acrescentarmos a época natalícia, então é a loucura!

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Thursday, December 21, 2006

Este fim-de-semana (isto é, o que passou)

A começar na 5ª feira: festa de Natal do CISA (“Pre-Christmas Party”). Foi divertido.

6ª feira: fomos até Val-Thoiry (França), com o Sérgio para comprar a bicicleta para o irmão dele. Jantámos todos em nossa casa. Depois ainda estive a trabalhar até cerca das 5h da manhã.

Sábado: Compras (essencialmente de roupa, pois faltavam-me camisolas sem borbotos). Ainda deu para ir ao Marché de Noël de Carouge, i.e., barraquinhas de artesanato com coisas lindas mas super-caras. Limpar e arrumar a casa (em tempo record). Jantar com Kerstin e Judith – ementa: ovos verdes/recheados para entrada, carne de porco à alentejana (tinham sobrado amêijoas do jantar da semana passada, que tinha feito sucesso, e o congelador é pequeno, há que ir consumindo as coisas) e para sobremesa ananás e bolos típicos alemães, i.e., bolachas de Nuremberga e pão de passas caseiro de Dresden (Dresden Stollen ou Dresden ChristStolen) enviado pela avó da Judith – que lhe envia todos os anos, independentemente do país onde ela se encontre: Alemanha, EUA, Roménia, Suiça… Por causa dos horários reduzidos dos transportes públicos, a soirée acabou à 01h15.

Domingo: non-stop desde as 8h até às 2h! Às 8h30 da matina o Matteo passou a buscar-nos, com a Maja e o Sérgio, para irmos até Lavey-les-Bains. Encontrámo-nos com o Paolo e a Silvia na estação de serviço de La Côte, onde tomámos o pequeno-almoço (visto que era um Domingo é dos poucos sitios que se encontra aberto. Depois de estar 4h no spa (que para mim, acho que é um muito), saímos às 15h. A Silvia e o Paolo decidiram ir para casa preparar o jantar (em que éramos convidados) e não lhes apetecia ir ao Marché de Noël, pois no dia anterior já tinham ido às compras. Cerca das 16h chegámos ao Marché de Noël de Montreuxque é um dos mais bem-afamados da Suiça, é maior e menos caro que o de Carouge. É bem bonito, a chuva e a imensidão de pessoas junto aos chalés (barraquinhas de madeira, ao longo da rua principal) é que não tornou tão agradável o passeio. Cerca das 18h30 seguímos para casa da Silvia e do Paolo, em Gex (França). A casa deles é bem bonita, grande e bem decorada, com terreno a circundar. O jantar estava excelente, para entrada uns folhadinhos, com um aperitivo de blue curaçao e gin; para ementa principal: pasta feita por eles, e com dois acompanhamentos/variadades (i.e., dois pratos principais de pasta), ambas com frutos do mar, em honra a sermos portugueses :). As sobremesas também foram boas e variadas: bolo, chocolates e fruta, além de queijos. Eles são um casal muito simpático. O pai da Silvia pinta muito bem embora de profissão seja informático. Chegámos a casa à 00h30, mas ainda há sempre qualquer coisa para fazer ou organizar/arrumar...

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Ditados [de 04/Dez/2006]

Na sequência de “duas cabeças pensam melhor que uma” (ditado que também existe em armeno, a Anna disse que têm também outro:

"Quando estamos sozinhos temos sempre razão."

Diz “não às drogas injectáveis”!

[Este post teria tido mais piada se tivesse sido publicado no dia em que foi escrito – 1 Dez. –, mas a net em casa não estava a funcionar bem :(]

Que é como quem diz “diz também não às vacinas”. Uma pessoa aguenta-se anos sem tomar estas coisas e depois é isto, sensação de febre, a juntar-se à já habitual forte dor-de-cabeça e o braço dorido!

As festividades continuam

[Tendo em conta que este post foi escrito a 01 de Dezembro, aqui vai assim mais ou menos “em bruto”, pois quando der irei colocando os textos que relatam o acontecimentos em mais detalhe.]

Hoje fondue; amanhã jantar com Micaela e Tobias; Domingo desmarcá-mos jantar com Matteo e Maja pois tenho de ir terminar a experiência na faculdade.

Próxima 6ª feira prof. convidou para tradição alemã de “janela aberta”, com vinho quente e raclette. Sábado da semana seguinte (9 Dez.) jantar cá em casa com Kerstin e Judith; 18 Dez, aniversário LP; 20 Dez.”festa do corredor” da faculdade; 23 Dez. ida para Lisboa :); 24/25 Dez. Natal; 31 Dez./01 jan. Passagem de Ano/Ano Novo! Ufa!... Só de enumerar já cansa... Bem, virá mais um ano a preencher com coisas boas!

Mais uma festa

Ao entrar na Faculdade, depois do passeio (que bem estava a precisar para arejar) vi uma multidão no átrio central. Do 5º piso tirei a fotografia, onde se vêem mesas com “comes e bebes”. Devia ser mais uma festa de Natal...

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Friozinho

Hoje de manhã já estava aquele friozinho que ainda não é de rachar, mas que faz com que me custe a respirar. É que sobe pelo nariz acima e dói! E depois também faz dor-de-cabeça... É bastante desagradável... É que se ao menos houvesse neve, uma pessoa ainda o aturava, mas assim sem nenhuma contrapartida, não tem mesmo piada nenhuma.


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Passeio a Carouge

Carouge fica ao lado de Genève, é assim tipo como a Pontinha para Lisboa... Só que Carouge tem muito mais glamour, lojas chiques – algumas até se chamam “atelier” e dão-se ao luxo de abrir só três vezes por semana e só da parte da tarde! – e é bastante pitoresca por ser antiga; é ainda uma zona com muitos bares.

Mas voltando ao tópico: decidi ir dar um passeio a Carouge. A ideia era passar a ver uma loja com artigos de decoração muito bonitos e uma loja de chás. Claro que tendo saído às 18h15 do gabinete era de esperar que já estivessem fechadas (embora da minha faculdade a Carouge seja perto, cerca de 10 minutos a pé), mas mesmo assim fui. Valeu o passeio (mesmo que com o ar frio, daquele que faz pingar o nariz) e as fotos às decorações natalícias. É fantástico como podem pôr bolas e fitas em árvores na rua e não as roubam, nem destroem, nem vandalizam.








canteiros na rua












árvores decoradas junto a lojas


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Aqui há gato...

... com trela! Acabei de ver um gato a ser passeado com trela! Acho que é uma coisa um bocado anti-natura...

Wednesday, December 20, 2006

“Tens planos para o fim-de-semana?”

Foi esta a pergunta que a Judith me colocou na passada 6ª feira (8 Dezembro), ao que lhe respondi: “Não… Por isso este fim-de-semana deve dar para adiantar um trabalhito…” Mal sabia como me enganava redondamente!

Ora vejamos:

- O meu prof. já me tinha convidado (e também à Kerstin) há mais de uma semana para uma festa que ele ia dar no exterior da casa dele, no jardim, no dia 8 (dia em que lhes “calhava” a casa deles). A ideia era festejar uma tradição de “abertura da janela” (acho que deve ser do género daqueles calendários que têm várias janelinhas com os dias marcados até ao 24 e que se vão abrindo e têm um chocolatinho ou um presentinho), onde os vizinhos são convidados para ir beber um copo. Eles iam ainda fazer raclette.

- O LP disse que não lhe apetecia muito ir à festa do meu prof. e, na própria 6ª feira, o Tobias tinha sugerido irmos beber um copo – programa que nos agradou mais por causa da companhia. Entretanto, o LP sugeriu que era mais agradável fazer qualquer coisa em nossa casa, beber um copo em nossa casa, em vez de ser num bar e petiscar qualquer coisa – “nada de jantar a sério” como ele disse.

O LP resolveu sair mais cedo e ir às compras com o Sérgio. Quando cheguei a casa estavam os dois muito entretidos a não me deixar entrar na cozinha para eu não ver as surpresas que tinham preparado. O Tobias e a Micaela que vinham preparados para “algo leve” (como eu também estava) foram (fomos) surpreendidos com pica-pau (carne aos pedacinhos, de porco) para a entrada, seguindo-se bolonhesa e pimentos para fazer tacos, e para rematar: tiramissú! O mais cómico foi que o Sérgio fartou-se de ajudar e estava todo contente. Foi muito divertido, deu para estarmos a falar, ver o Gato Fedorento, no “Diz que é uma espécie de magazine”, depois o Sérgio teve de se ir embora por ter de acordar às 6h da matina no dia seguinte para ir trabalhar. Mas nós continuámos com karaoke (mais eu e a Micaela, enquanto o Luís e o Tobias continuavam com as garrafas de vinho e o raki*) e depois passámos para a jogatana. Como dizia a Micaela: “Finalmente encontrámos companheiros de jogo! É que é difícil!”. Subscrevo inteiramente. Outra surpresa foi quando se olhou para o relógio e já eram 3h30, quando o pessoal pensava ser mais cedo, tipo cerca de 2h mais cedo! É bom sinal :)

- Sábado: Jantar com o Matteo e Maja. Foi fixe. Ementa: sopa de peixe, carne de porco à alentejana e resto do tiramissú do dia anterior.

- Domingo: Festa de Natal (a 1ª da época e de várias que se seguirão) em casa do Matteo e Maja, seguindo a tradição polaca (em que a excepção foi haver álcool). Além do pessoal habitual conheci o Paolo e a Sílvia (grandes amigos do Matteo), que são muito simpáticos. Visto que nós os quatro fomos os últimos a sair (coincidência ou companheirismo latino? :P), ficou marcada uma ida em conjunto a Lavey-les-Bains, no fim-de-semana seguinte.

Ainda no Domingo:

LP fez bolo de chocolate.

Era dia do cortejo da Escalade e não nos lembramos. A verdade é que não havia anúncios a lembrar a ocorrência do “maior festejo histórico da Europa**”. Só nos apercebemos do evento quando fomos desviados da paragem normal do eléctrico para um autocarro alternativo.



* espécie de aguardente grega

** pôr foto/recorte jornal

Final de mais uma festa

Estou estafada! Chega-se ao final de mais uma festa. Desta vez foi a festa-de-aniversário-surpresa preparada para o LP e que lhe ia causando um ataque cardíaco quando entrou na sala-quarto de nossa casa. Pudera, desta vez não estava mesmo à espera – não foi como o ano passado que ele andava desconfiado. Saltaram-lhe à frente o Yanick, Adrien, Kerstin, Tobias, Xavier, Stéphane enquanto o Sérgio espreitava do cimo das escadas do mezzanine. Só o Matteo, Maja e Judith é que não assistiram à reacção por terem chegado pouco tempo depois. Estava a ver que ia dar ou para a violência (porque ele assustou-se mesmo por não ter reconhecido logo o Yanick – pois a sala estava às escuras) ou para o ataque cardíaco.

Por causa de tantas actividades sociais e do trabalho tenho negligenciado o blog :(. No entanto, estou a passar o que já escrevi num papel (sim, método arcaico, mas útil quando se está a passar experiências com os computadores do laboratório) para versão informatizada.

O Yanick ainda está aqui e a conversa está interessante, e antes foram os jogos na PS2* que o pessoal** lhe ofereceu. Amanhã é a “festa de Natal do corredor” (isto é, a festa do 5º piso, da secção de Psicologia da Uni-Mail, com as diferentes equipas dos dois corredores contíguos)

Bem, vou ver se continuo a passar para o pc o que tenho anotado num papel (e que publicarei o mais brevemente possível) e daqui a pouco a ver se durmo…



* PlayStation 2

** operacionalização de pessoal: Sérgio, Xavier, Adrien, Yanick, Gäelle (que não veio por estar doente) e Stéphane

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Saturday, December 02, 2006

Função reparadora do sono

Uma maneira de festejar a visita de alguém é irmos a Lavey-les-Bains. Desta vez fomos logo no dia a seguir à noite em que o Nuno chegou (isto é, noite de 25 Novembro) o que significa que dormi apenas duas horas, pois às 9h o Sérgio passava a buscar-nos. De noite tinha já deixado algumas coisas preparadas, nomeadamente as ligadas à higiene. De manhã acordei (até mais facilmente do que seria de esperar) e até estava bastante faladora e cheia de energia. O problema surgiu quando depois de entrarmos e estarmos já nos balneários ouvir o LP dizer assim: “Desde que acordei, estou com a sensação de que me esqueci de algo… mas não sei o quê!”*. Ele acaba de dizer isto e fez-se-me luz! Eu que estava no compartimento ao lado, afirmei ter-me esquecido do fato-de-banho. O Sérgio que estava no compartimento contíguo ao meu achava que eu estava a gozar (como se áquela hora eu conseguisse gozar com um ar tão sério!). O LP percebeu logo que eu estava a falar a sério e lembrou-se que tinha sido ele também a dar-me a toalha de manhã. Bem, lá fui à loja que vende fatos-de-banho para não desperdiçar uma viagem de 3h (1h30 para cada lado). O aspecto positivo é que tenho um fato-de-banho janota, desportivo e de boa qualidade, o aspecto menos positivo é que não estava a precisar dele. E assim fica demonstrada a função reparadora do sono e de como dormir poucas horas diminui a nossa capacidade de concentração e de atenção e mesmo memória. A energia desta vez não ficou afectada, mas deve ter sido por acaso ou como estratégia para me manter acordada e bem-disposta.



*O Sérgio e o Nuno depois também disseram que tinham a sensação de se terem esquecido de algo – mas não se esqueceram. E eu que não tive essa sensação, acabei por ter essa realidade!

A língua da Arménia

A minha colega Anna é simpática. Ontem ou anteontem disse para passar pelo gabinete dela que ela tinha lá muitos chocolates. Hoje repetiu o convite e a perguntar algumas opiniões sobre a investigação dela. Trouxe-me ainda hoje dois marcadores de livros: um com o alfabeto arménio desenhado e outro com uma gravura que inclui diversas personagens, além de uma folha com o alfabeto arménio e suas características (ex.: forma científica, sons, números).

Fiquei a saber que a Arménia tem duas línguas. Uma oriental e outra ocidental. A língua Ocidental é a da diáspora, após o genocídio e é falada pelos que estão fora da Arménia. A língua Oriental é falada pelos arménios que se encontram na Arménia. Estes compreendem mais facilmente os outros. Entre as duas línguas existem diferenças na escrita, nos sons e na pronunciação. Outra curiosidade é que cada letra corresponde a um número (assim como o “X”, em numeração romana corresponde a 20 ou o “C” a 100 ou o “M” a 1000).

Outra curiosidade foi a forma como ela se definiu a ela própria quando referiu que era demasiado meticulosa e perfeccionista: “Je suis PPM: Petit details, Penible et Maniac.”. É uma auto-definição cómica!

Preconceitos

A propósito do Dia Mundial de Luta Contra a Sida, e já que no meio da toxicodepêndencia a troca de seringas é um veículo de propagação enorme, fica aqui um apontamento noticioso acerca das “salas de chuto”. Ouvi esta semana no Telejornal que em Portugal iam abrir as primeiras salas de injecção assistidas (vulgo, “salas de chuto”). Referiram ainda que a primeira a surgir foi há 20 anos, precisamente na Suiça. Foi este último facto que muito me surpreendeu talvez por se ter como pré-conceito, como ideia previamente estabelecida, que a Suiça é um país conservador, rígido e cheio de regras. Afinal, e como cada vez mais venho a constatar, acaba por ser um dos países pioneiros em diversos aspectos – por exemplo, a ideia de Confederação Helvética que faz com que o poder seja mais distribuído, que possibilita muito mais referendos e muito mais de decisão e intervenção na vida política por parte dos votantes. Além de que o controlo e organização (por vezes, o tal excesso de regras) potenciam o civismo e a segurança.

A vacina

Já que estou numa de actividades radicais – fugir a “picas” é uma delas – resolvi ir tomar a vacina gratuita contra a gripe. A ver vamos no que isto vai dar... O mais certo é não repetir a experiência.

O risco, o medo, o terror…

...dos “picas”! Ontem entrámos no 2 depois da aula de alemão e lá estavam eles: dois “picas” (isto é, revisores). Estavam em amena cavaqueira, já deviam ter feito a ronda e acabaram por sair logo na paragem seguinte. Como estava escuro não os vimos dentro do autocarro, depois de entrar já era tarde para voltar para trás, dava muito nas vistas e lá nos sentámos com um ar muito natural. Havia de ser bonito pagar a multa quando nesse dia fomos buscar (e pagar) o passe anual – a entrar em vigor no dia seguinte (ou seja hoje, 1 Dezembro). O meu passe tinha acabado a 24 Novembro e para comprar um passe por uma semana estava a ser difícil: saio já relativamente tarde de casa e vou directamente para a Faculdade, depois saio tarde da Faculdade e já está tudo fechado. Por isso, ricas pernas “para que te quero” e viagens clandestinamente à borla (ou grátis, consoante os gostos :P). É preciso vir para um país estrangeiro (e logo a Suiça) para andar à margem da lei!