Friday, May 12, 2006

Páscoa (o dia propriamente dito) (18/Abril/2006)

Fomos convidados pela minha colega Kerstin para passarmos o almoço de Páscoa em casa dela, com outro pessoal. A ideia era reunir a malta que não ia à terra-natal e fazer um brunch de Páscoa – em que cada um traria o que era típico do seu país. Depois, se as condições climatéricas permitissem, íamos procurar ovos da Páscoa. Acabámos por ser sete: a Kerstin e o namorado (Christopher – que tinha vindo esse fim-de-semana de Stuttgart, onde está a fazer também um doutoramento); a Tatjiana (a mais velha, porque há duas) e o marido; a Sylvia (nova colega na nossa equipa – Geneva Motivation Group) e nós (LP e eu).

Antes de ir, passámos em casa do Sérgio (um amigo espetacular, filho de portugueses, a fazer mestrado no grupo do LP) pois tinhamos encomendado à mãe dele rissóis, pastéis de bacalhau, folhados de salsicha e, se possível um folar. Claro que a encomenda veio muito bem servida e ainda incluíu o típico folar e um pão-de-ló!!! Além de terem convidado para lá almoçarmos o cabrito e todas aquelas comidas a sério que só os portugueses sabem fazer. No entanto, já nos tínhamos comprometido com a Kerstin.

Para mim o choque gastronómico não foi tão grande como para o LP (que é um bom gourmet). Eu já tinha percebido que o pessoal nórdico (pelo menos, tendo como exemplo os meus colegas alemães) tem outro tipo de dieta alimentar. Por exemplo: almoçam mais cedo, comem mais verduras e vegetais, praticamente não jantam – comem uma sandes cerca das 18h.

A variedade gastronómica não era muito grande: salada de frutas; uma mistela de cereais, iogurte e frutas (típicamente suiço); um pão especial alemão; ... E claro que as iguarias da mãe do Sérgio fizeram um sucesso tremendo!

Engraçado e diferente foi a tradição de “lutar” com um ovo cozido: tem de se bater com o nosso ovo no de outra pessoa e o não se partir continua em jogo, ou seja, a tentar quebrar os outros ovos! Foi cómico, o meu ovo foi o que resistiu até ao fim (sorte de principiante), mas nem foi assim tanta sorte, pois o ovo resistente deve ser partido (a casca deve ser quebrada) na testa do seu dono! Acho que a Kerstin tirou uma foto da situação. Também gostei da “caça aos ovos de chocolate” – quem achou a maioria foi o LP (que nem é grande fã de chocolate), mas que foi apanhar ar para a varanda, onde estavam escondidos a maior parte dos ovinhos. O acaso tem destas coisas!

Pronto, mais uma vez deu para perceber porque é que as minhas colegas são magras: além de serem vegetarianas, comem pouco (e geralmente só saladas e vegetais). Ah! E um “small walk” é quase duas horas a andar, sem ser devagar e sem apreciar grandemente a paisagem, pois está-se sempre a andar em frente! Não sei se terá algo a ver com a massa corporal, mas as duas (Kerstin e Sylvia), além de serem vegetarianas e alemãs, têm o cabelo em tons de ruivo avermelhado...

Foi uma tarde diferente e bem passada.

Para terminar o dia, no fim de tarde, fomos ter novamente com o Sérgio. Fomos comer um gelado, à beira do lago e depois, como o Sérgio não sabia o que era uma “francesinha”*, fomos jantar a um restaurante português – “Capa Negra” (http://www.restaurants-geneve.ch/capa-negra/capa-negra.htm), na Rue de Carouge – onde o LP tinha visto na net que faziam comida típica portuguesa (como a francesinha, o bitoque, o prego, a febra, ...). O nome do restaurante fez-me lembrar o “Capas Negras” – um restaurante próximo da FPCEUL (Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa), que me traz recordações de bons momentos de convívio com amigos e colegas. A decoração do restaurante em si, fez-me lembrar a decoração de um snack-bar em que estive, em Guimarães. E claro que a pronúncia do norte da empregada de mesa, fez-me sentir mais próxima de Portugal.

* E como pode haver mais gente que não saiba:

http://www.reniza.com/receitas/salgados/frncesprt.htm

http://www.gastronomias.com/receitas/rec1279.htm

http://en.wikipedia.org/wiki/Francesinha

http://pt.wikipedia.org/wiki/Francesinha


2 Comments:

At Fri May 12, 05:22:00 PM GMT+2 , Blogger Unknown said...

Esta descrição do dia de Páscoa está fabulosa, mas... (há sempre um mas :P) tenho duas coisas a acrescentar:
* O folar não foi encomendado à mãe do Sérgio, foi ela que o fez de livre vontade e nos ofereceu.
* O passeio depois do almoço até acho que foi bastante giro. Ver fotos para tiras dúvidas!

 
At Fri May 12, 05:34:00 PM GMT+2 , Blogger Biedonka said...

Quanto aos "mas" do "mas" (eh eh eh :P):
1) Não encomendámos expressamente o folar, falámos ao Sérgio. O pão-de-ló é que foi uma completa surpresa!
2) Eu não disse que o passeio tinha sido desagradável, só devia ter operacionalizado o que significava para a Kerstin "small walk" - é que para mim "small", é pequeno, para aí 1h no máximo. Além de que eu tenho pernas mais curtas e me distraio mais facilmente com a paisagem que vocês!

 

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